Maior procura na periferia da capital
Municípios como Oeiras, Amadora e Odivelas, na Grande Lisboa, vivem hoje uma nova dinâmica no setor da habitação, com aumento da procura e preço dos imóveis.
Segundo declarações de Isaltino Morais, citado pela Lusa, «estamos a viver um tempo muito complicado, porque se junta à procura nacional a procura externa (...). Cada vez há mais estrangeiros a procurar Portugal e, neste momento, há uma incapacidade em Oeiras, pelo menos, existe uma incapacidade quase total de responder à procura que se faz sentir: uma casa hoje vende-se em 24 horas», afirmou o presidente da Câmara de Oeiras. Segundo o autarca, é preciso investir em construção nova para responder à «falta de casas na Área Metropolitana de Lisboa [AML], independentemente da procura gerada pelo turismo, pelo alojamento local», já que nos últimos cinco anos não se construíram novas habitações.
Arrendamento mais caro
Registando também um aumento do valor das casas, o município da Amadora verifica um retomar dos processos de construção de urbanizações que já estavam aprovados, mas que se encontravam parados com lotes ainda por edificar, avançou a presidente do município, Carla Tavares. «Sente-se que o nível de vida [dos portugueses] está a melhorar e isso fez também com que, ao nível dos empreendimentos e do arrendamento, o mercado ganhasse uma nova dinâmica», explica a autarca, referindo que hoje o valor de um imóvel T4 para arrendamento no concelho ronda os 900€ por mês, já que houve um aumento de cerca de 100€.
Sem dados que permitam associar a procuradehabitaçãonaamadoracom a dinâmica que se vive em Lisboa, Carla Tavares revelou que, «entre trabalhadores e pessoas em idade ativa, mais de 50% têm os movimentos pendulares diários para a cidade de Lisboa».