Roleta russa foi arma tão eficaz como as demais
Seleção da casa apostou tudo na contenção e foi eficaz na chamada lotaria. Espanha é o 3º ‘gigante’ a tombar.
As conversas de café à volta do futebol bonito e feio ganharam nova dinâmica depois de a Rússia se ter qualificado pela primeira vez para os quartos de final de um Mundial. A equipa da casa teve apenas 26% da posse de bola, que nunca tratou muito bem, mas ainda assim demonstrou capacidade para segurar a Espanha durante duas horas inteiras. E muito o deve ao seu guarda-redes.
Se pela mudança abrupta de selecionador ou não, a verdade é que esta Espanha nunca esteve confortável na sua forma de jogar. Também poderá estar a passar por algumas dores de crescimento, com o surgimento de novas figuras e o desaparecimento de outras consagradas (Inieste era o resistente).
A verdade é que a Espanha circula muito a bola mas nunca como agora foi tão inconsequente. Nem quando jogava sem avançado fixo a dificuldade para marcar era tão elevada. Apesar disso, nuestros hermanos criaram oportunidades para marcar (o que só fizeram com um autogolo) mas Akinfeev foi defendendo tudo, inclusive no desempate por penáltis – De Gea, por seu lado, não conseguiu emendar a asneira de Piqué, que deu o 1-1 num penálti desnecessário.