Foi na defesa que tudo se decidiu
A Bélgica que estava a ter nas bolas paradas uma das suas armas sucumbiu a um golo do central Umtiti num canto. Os franceses estão na final, outra vez.
Não será (ainda) grande consolação, mas dois anos depois de ter perdido a final do Europeu em casa para Portugal, com o golo decisivo de Éder, a França apurou-se ontem para a final do Mundial ao vencer a Bélgica (1-0). Um jogo que acabou por ficar abaixo das (elevadas) expectativas criadas, mas o peso do momento impôs-se.
Giroud atua como farol enquanto Griezmann e Mbappé asseguram velocidade e Pogba e Kanté dão poder físico
Desde logo nas escolhas dos selecionadores. Martinez manteve a Bélgica no 3-4-3, mas apostou em Dembélé para se resguardar. Já Deschamps não abdicou do 4-2-3-1, mas também preferiu o mais defensivo Matuidi em vez do irreverente Tolisso. O resultado é que as duas equipas entraram cautelosas em campo, conscientes do valor do adversário e de que qualquer pas- so em falso seria difícil de corrigir. O que veio a confirmar-se.
Pelo meio, o jogo foi animando lentamente ao longo da 1ª parte e até ao intervalo quer Lloris, quer Courtois mostraram porque são titulares de dois colossos da liga inglesa, a mais competitiva do mundo. Quando o 2º tempo mal tinha começado, surgiu o evento que mudou a história: canto para a França e bola bem colocada por Griezmann ao 1º poste, onde Umtiti foi mais lesto a atacar o esférico do que Fellaini.
A Bélgica, que teve nas bolas paradas um fator de desequilíbrio a seu favor – até se falou de como o selecionador viajou para os EUA para aprender com as equipas da NFL e da NBA – foi surpreendida e não mais conseguiu impor-se a 100%. Bem tentou, mas não só esta França tem uma das defesas mais seguras, como nunca perdeu a baliza contrária de vista.