Prolongamento para a felicidade
Pelo terceiro encontro consecutivo, a Croácia teve que jogar 120 minutos, mas no fim o esforço valeu a pena e a seleção dos Balcãs chega à sua primeira final.
Osentido de justiça é relativo no futebol, mas ninguém poderá dizer que a Croácia não trabalhou muito para alcançar o seu maior feito na modalidade. Depois de passar pelos penáltis para eliminar duas seleções que pareciam ao seu alcance, os croatas voltaram a jogar 120 minutos, mas desta vez impuseram-se no prolongamento
Só a Bélgica marcou mais golos (14) do que a Croácia (12), que tem mais um golo sofrido (5) do que a França (4)
a uma Inglaterra com mais história, que teoricamente estaria mais fresca, mas que voltou a tombar pela defesa.
Se os britânicos não voltam a uma final depois do torneio caseiro que venceram em 1966, devem-no em parte a um dia menos feliz de Kane mas sobretudo aos habituais erros na retaguarda, especialmente no que toca aos centrais. A equipa de Southgate até entrou melhor na partida, aparentemente beneficiando do maior descanso, e chegou à vantagem num livre direto batido de forma magistral por Trippier – a Inglaterra deixa o Mundial com 9 em 12 golos marcados de bola parada.
Manietada por uma pressão alta que era eficaz, a Croácia nunca causou grande perigo na 1ª parte e poderia mesmo ter ficado a perder por 2-0 se Kane não se tivesse mostrado estra- nhamento perdulário. Após o intervalo o ritmo e o rumo do encontro mudaram. A Inglaterra recuou linhas, o que permitiu a Modric e Rakitic assumirem o jogo. O que naturalmente resultou em perigo.
Perisic empatou aos 68 e, já num prolongamento totalmente dominado pela equipa dos Balcãs, assistiu Mandzukic para o 2-1 final aos 109’. No domingo, a Croácia enfrenta a França com quem perdeunameia-finaldomundialde98.