Dois anos para chegar ao topo
A seleção francesa, depois de ter perdido o Europeu para Portugal, é mais do que uma justa vencedora do Mundial, apesar da excelente réplica dada pelos croatas.
Doeu-me muito perder o Europeu há dois anos, mas também nos fez bem. Este momento é dos jogadores.» Se a estas palavras de Deschamps, o 3º homem que se sagra campeão mundial enquanto jogador e selecionador, juntarmos as de atletas como Umtiti ou Pogba, que sempre garantiram ter aprendido bem a lição após a derrota com Portugal num Europeu para o qual se viam como os grandes favoritos, explica muito do sucesso gaulês.
França, Argentina e Uruguai têm agora 2 troféus; Brasil tem 5; Alemanha e Itália 4; Inglaterra e Espanha 1
Esta França juntou o melhor de dois mundos: organização defensiva e uma ideia clara de como atacar potenciando as características dos seus melhores jogadores. Frente a uma Croácia que voltou a ser mandona liderada por um Modric de nível extraterrestre, voltou a ver-se a segurança dada por homens como Umtiti e Varane, hoje muito mais maduros do que há dois anos; a noção dos espaços e do que fazer com a bola de Kanté ou Pogba; e o futebol estonteante de Griezmann e Mbappé que seguem diretos à baliza contrária sem perderem tempo com futilidades que nada adiantam.
Foi desta forma que a França segurou o melhor começo croata, beneficiando de dois erros defensivos para marcar de bola parada: Mandzukic fez autogolo num livre e Perisic cometeu o penálti que Griezmann não falhou. Já no 2º tempo, quando a equipa dos balcãs tentava reagir novamente, dua transições brilhantes permitiram a Pogba e Mbappé demonstrarem o talento indidivual que Deschamps soube colocar ao serviço do coletivo.
Lloris ainda ofereceu o 4-2, mas nada impediu o 2º título mundial gaulês, 20 anos depois do primeiro.