Ano escolar arranca com ‘nuvens cinzentas’
No ensino obrigatório, os professores podem fazer novas greves devido ao descongelamento das carreiras docentes. No ensino superior, é provável que o número de alunos colocados desça em relação ao passado.
A7 de setembro, Governo e sindicatos de professores retomam as negociações sobre a contagem do tempo de serviço que esteve congelado. Caso o acordo falhe, os docentes vão avançar para novos protestos, depois da greve às avaliações no final do ano letivo de 2017/18.
Dificilmente o clima de tensão entre os professores e o Executivo não terá consequências na comunidade educativa, já sobressaltada por outra alteração legislativa recente. A obrigatoriedade de que o encarregado de educação tenha o mesmo domícilio fiscal que o aluno foi implementada para lutar contra as fraudes nas matrículas – progenitores que apontavam familiares como encarregados para usarem essa morada para conseguirem colocação na escola desejada. Só que as associações de pais temem que se percam as redes familiares de apoio: muitas crianças e adolescentes deixarão de ter o apoio direto e diário dos avós.
Já em Lisboa, a câmara recusa problemas com a recente mudança do ve- reador com o pelouro da Educação: – Manuel Grilo sucedeu a Ricardo Robles.
Lisboa e Porto são incógnita
Pela primeira vez desde 2013, este ano o número de candidatos ao Ensino Superior baixou (5,6%). São quase menos 3 mil jovens interessados em ir para a universidade ou para o politécnico (num total de 49 624), o que poderá resultar numa diminuição das colocações na 1ª fase. Isto quando é desconhecido o efeito da redução de mil vagas nas instituições de Lisboa e Porto – colocações que foram distribuídas sobretudo pelo litoral.