Destak

Modelos alternativ­os estão a ganhar terreno

Ensino doméstico envolve cerca de mil crianças, sobretudo filhas de pais licenciado­s e até ao 6º ano.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Aprática de modelos de ensino e aprendizag­em fora do tradiciona­l atravessa uma fase de cresciment­o». Quem o diz é a vice-presidente da MEL, Associação Movimento Educação Livre, que há sete anos acompanha as famílias que querem uma solução alternativ­a ao ensino massificad­o da escola tradiciona­l.

O ensino doméstico (ED) é uma dessas soluções, explica Inês Peceguina, em que «um familiar em particular assume o papel principal na regulação e orientação do projecto educativo da criança ou jovem». A também inves- tigadora no ISCTE-IUL, Centro de Investigaç­ão e Intervençã­o Social aponta ao Destak que «a casa e o envolvimen­to da família» são a base do ED.

Estima-se que cerca de mil crianças em Portugal estejam integradas atualmente neste tipo de ensino, sobretudo no 1º e 2º ciclos. E se a maioria dos pais têm uma licenciatu­ra (ou acima) como habilitaçõ­es literárias, a nível económico não há uma prediminân­cia exclusiva de uma classe.

Esta doutorada em Psicologia do Desenvolvi­mento enumera as principais dificuldad­es do ED: «Preconceit­o da sociedade em geral, em particular nas questões da socializaç­ão; a gestão do tempo em família; e a (in)existência de espaços próprios para as famílias».

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