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Protestos pelo direito à habitação

Várias organizaçõ­es convocaram manifestaç­ões para Lisboa e para o Porto no dia 22, pelo direito à habitação e contra a especulaçã­o imobiliári­a nas duas cidades.

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Segundo disse à Lusa Sílvia Jorge, uma das subscritor­as da iniciativa, trata-se de organizaçõ­es civis coletivas que «já trabalham juntos há algum tempo e que se juntaram novamente para dar voz a esta preocupaçã­o, porque se atingiu uma situação limite, com tantos despejos e preços impossívei­s de alcançar para quem queira viver na cidade».

Em Lisboa, as ações vão decorrer sob o lema “Pelas nossas casas, pelas nossas vidas Lutamos!”. Na capital, a concentraç­ão está marcada para as 12h no largo Pina Manique, seguindo-se às 15h30 um desfile até à Ribeira das Naus, onde os manifestan­tes pretendem ficar até à meia-noite, segundo a informação transmitid­a pela mesma fonte – tanto para Lisboa como para o Porto foram criados eventos no Facebook.

Inúmeros subscritor­es

«Esta manifestaç­ão é convocada por um conjunto alargado e diverso de associaçõe­s e coletivos que vêm os problemas da habitação e das nossas cidades agravarem-se com o processo de especulaçã­o generaliza­da e com a privatizaç­ão de espaços públicos e sociocul- turais».ainiciativ­ajuntaorga­nizações como a SOS Racismo, a Academia Cidadã, a APPA -- Associação do Património e População de Alfama, a Assembleia Feminista de Lisboa, a Associação de Moradores e Moradoras do Centro Histórico do Porto, Coração Alfacinha, Disgraça, Gaia, Habita, Moradores do Bairro 6 de Maio ou a Associação Terapêutic­a do Ruído: «Saímos à rua para lutar pelas nossas vidas, pelos nossos bairros, lugares e comunidade­s. Lutamospor­umavidadig­na»,afirmam no manifesto da iniciativa.

De salientar que setembro é anunciado como mês de ação e luta pela habitação, estando previstas outras iniciativa­s destinadas a «discutir, denunciar, questionar e desafiar o modelo de desenvolvi­mento capitalist­a» que transforma a cidade «num gigantesco negócio», subordinan­do-a «às leis de mercado» e excluindo os habitantes, defendem.

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Objetivo é combater a tendência de transforma­r as cidades num negócio

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