Os desafios da higiene urbana em Lisboa
Nas últimas semanas têm surgido notícias relativas à higiene urbana em cidades como Lisboa, Porto e na região do Algarve. Todas referem o aumento na produção de resíduos relacionado com a atividade económica e turística e as dificuldades sentidas, por parte dos municípios e freguesias, na resposta a esta realidade. Não há que esconder os problemas e no caso de Lisboa as notícias correspondem a situações reais. O período do verão sempre foi o momento em que a cidade tem menor capacidade operacional devido às férias dos trabalhadores e, se no passado também correspondia a um período de menor atividade, hoje já não é assim. A recuperação económica e a expansão da atividade turística na capital, que arrasta sectores como a hotelaria e a restauração, gera maior produção de resíduos e maior exigência de limpeza.
Em Lisboa, vamos responder com o reforço de meios financeiros a quem tem de limpar e lavar as ruas – as freguesias – mobilizando recursos da taxa turística e vamos aumentar a exigência com quem suja, responsabilizando o comércio por limpar o passeio em frente ao seu estabelecimento, aumentando as coimas e sensibilizando moradores e comerciantes para as regras existentes. Todos temos de contribuir e as respostas não podem ser só colocar uma equipa de limpeza em cada esquina. Por fim, vamos continuar a adaptar a cidade alfacinha, reforçando os contentores enterrados, eliminando a deposição através de sacos na via pública e aumentando a eficiência no serviço de recolha.
A melhoria da limpeza de uma cidade implica maior exigência com o serviço público, mas também maior sentido cívico da comunidade local.
Sem isto falharemos todos na nossa missão.