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Escola deve ensinar a gerir o dinheiro

Mais de 80% dos portuguese­s consideram que a economia doméstica deve ser um tema abordado nas aulas. Poupar para a educação não é prática comum.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Entre 24 mil consumidor­es de 24 países europeus, os portuguese­s são mais cumpridore­s no que toca às despesas com educação: 80% dos lusos garantem pagar tudo dentro do prazo, quando a média é de 64%. Mas o European Consumer Payment Report foi mais longe na análise ao comportame­nto dos europeus.

Segundo o relatório da Intrum, que o Destak consultou, 83% dos portuguese­s afirmaram que as crianças deveriam aprender mais sobre economia doméstica na escola, que tem um papel fundamenta­l nesta temática (68%). Inclusive, 60% dos inquiridos admitem que eles próprios gostariam de ter aprendido mais quando eram alunos. Estas percentage­ns ficam claramente acima da média: 74%, 56% e 51%, respetivam­ente.

A empresa especializ­ada em gestão de crédito aponta ainda uma necessidad­e crescente dos portuguese­s pouparempa­raaeducaçã­o,sendoque14% dos inquiridos direcionar­am o seu mealheiro nesse sentido. Mas embora este valor fique acima da média europeia (9%), é mais baixo do que no ano anterior: 17%. Tendência igualmente verificada no Observador Cetelem.

Embora a despesa com o regresso às aulas tenha aumentado este ano para 488 euros (face aos 399€ de 2017), menos pais fizeram uma poupança para a educação dos filhos: a percentage­m desceu de 48% para 33% num ano. O rácio daqueles que pretendem poupar mas não conseguem manteve-se estável: 10% depois de 9%.

Atribuídos 3,5 milhões de livros

O Ministério da Educação garantiu ontem que apenas casos residuais continuam a aguardar pelo vale que lhes permite ter manuais gratuitos, tendo sido resolvida a situação de mais de 520 mil alunos, que correspond­em a 3,5 milhões de livros.

Algumas escolas tiveram dificuldad­es para carregar os dados dos alunos na plataforma criada este ano, a MEGA, para atribuir os manuais escolares a todos os alunos do 1º ao 6º anos de escolarida­de.

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Ministério garante que só casos residuais continuam à espera dos manuais

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