Destak

A birrenta Serena Williams

- JOAQUIM A. MOURA Penafiel ADEMAR COSTA Póvoa do Varzim

Eu vi o encontro colado ao ecrã: a final do US Open entre duas tenistas. Entre uma mulher e uma jovem rapariga. Ambas de cor, e quase americanas dos pés à cabeça. Uma afro americana. Outra nipo-americana com sangue haitiano.

Uma birrenta, malcriada e com mau perder, embora se chame Serena e campeã até ali. A jovem, e bem mais serena, tem nome de Osaka. Rapariga tão bonita quanto a Naomi. A outra que desfila nas passereles e exibe a sua cor também com elegância e com estórias. Uma já muito batida nos courts de ténis. A jovem estreante, a bater-se por se impor e chegar à glória e fazer história.

No alto da cadeira, um árbitro sereno e competente. Arbitrou como manda o regulament­o e cumpriu com seu o dever.

A tenista birrenta, a quem se exigia serenidade, partiu o jogo a meio quando se sentiu caminhar para a derrota. Atirou-se ao português que ajuizava e, de seguida, ofendeu e partiu a raquete, como que a dizer, «isto é o que merecias te fizesse».

O juiz, do alto da sua sabedoria, manteve-se sereno. A afro-americana acabou derrotada com superiorid­ade por Naomi Osaka, que soube manter-se calma e concentrad­a durante a barafunda provocada, que a podia perturbar – e talvez até fosse essa a intenção da veterana, a sofrer das dores de mãe recente e a querer triunfar por fora. Depois seguiu-se o depois.

Críticas à sua actuação e comportame­nto agressivo, nisso demonstran­do a sua secreta pancada. Vaiada e caricatura­da por uns, amortizada por outros em jeito de passe solidário. Serena Williams perdeu e caiu aos pés de Naomi Osaka sem apelo nem agravo, e devia penitencia­r-se a Carlos Ramos, o árbitro, e não ao cantor de outrora. Mas a canção da vitória que se ouviu, saiu da voz da vencedora, a quem coube, com humildade que se lhe não impunha nem estava obrigada, pediu desculpa por ter ganho.

Viva Naomi Osaka, que chegou cedo e com superior mérito ao grande título em solo que ambas pisam, e que o mundo assistiu!

O Partido Comunista Português vai ajudar a viabilizar o Orçamento do Estado para 2019 porque já não é o partido revolucion­ário de Soeiro Pereira Gomes, Militão Ribeiro Bento Gonçalves, José

Dias Coelho, Alfredo Caldeira, Octávio Pato, Georgete Ferreira, Sofia Ferreira, Maria da Piedade Morgadinho, Margarida Tengarrinh­a e Maria Alda Nogueira.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal