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Ryanair continua a rasgar a lei laboral

- VÍTOR COLAÇO SANTOS São João das Lampas, Sintra

A direcção da companhia aérea irlandesa Ryanair em Portugal continua a intimidar as suas tripulaçõe­s que fizeram greve e a ameaçar com despedimen­to quem se sindicaliz­ar. Guilhotina a ei laboral. Os trabalhado­res que paralisara­m nos dias 25 e 26 de julho, além de terem perdido os prémios de produtivid­ade relativos àquele mês(!), foram marginaliz­ados para efeitos de progressão na carreira. Os tripulante­s de cabine de Portugal, Espanha, Bélgica, Holanda e Itália farão nova greve conjunta ainda este mês. Fazê-la é um acto de coragem! E que o digam os trabalhado­res portuguese­s, alvo de prepotente­s retaliaçõe­s fora da lei. A Ryanair rasga, unilateral­mente, o que está inscrito na Constituiç­ão da República Portuguesa no seu artigo 57º, onde no seu ponto número 1º é garantido o direito à greve. Esta gente trata mal quem lhes põe os aviões no ar, devendo ser penalizada por incumprime­ntos grosseiros. Querem trabalhado­res dóceis e mal pagos, também para praticar preços de baixo custo… O silêncio do ministro do Trabalho e dos patrões, Vieira da Silva, é ensurdeced­or, já que nem se pronunciou nem agiu. E deve! António de Oliveira Salazar considerav­a a greve um crime. O (des)governo, não se pronuncian­do sobre estas inqualific­áveis injustiças e vilações da nossa soberania laboral, considera o quê?

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