Ryanair continua a rasgar a lei laboral
A direcção da companhia aérea irlandesa Ryanair em Portugal continua a intimidar as suas tripulações que fizeram greve e a ameaçar com despedimento quem se sindicalizar. Guilhotina a ei laboral. Os trabalhadores que paralisaram nos dias 25 e 26 de julho, além de terem perdido os prémios de produtividade relativos àquele mês(!), foram marginalizados para efeitos de progressão na carreira. Os tripulantes de cabine de Portugal, Espanha, Bélgica, Holanda e Itália farão nova greve conjunta ainda este mês. Fazê-la é um acto de coragem! E que o digam os trabalhadores portugueses, alvo de prepotentes retaliações fora da lei. A Ryanair rasga, unilateralmente, o que está inscrito na Constituição da República Portuguesa no seu artigo 57º, onde no seu ponto número 1º é garantido o direito à greve. Esta gente trata mal quem lhes põe os aviões no ar, devendo ser penalizada por incumprimentos grosseiros. Querem trabalhadores dóceis e mal pagos, também para praticar preços de baixo custo… O silêncio do ministro do Trabalho e dos patrões, Vieira da Silva, é ensurdecedor, já que nem se pronunciou nem agiu. E deve! António de Oliveira Salazar considerava a greve um crime. O (des)governo, não se pronunciando sobre estas inqualificáveis injustiças e vilações da nossa soberania laboral, considera o quê?