«Tele-saúde pode ser o braço direito do SNS»
Tecnologia com impacto benéfico nas listas de espera, hospitalizações, qualidade de vida e risco de morte.
No âmbito de um congresso no Estoril, decorre amanhã um simpósio sobre os benefícios da tele-saúde, onde a presidente da Comissão Executiva do Hospital da Cruz Vermelha Portugal vai revelar como implementou o primeiro programa integrado de tele-monitorização da insuficiência cardíaca no Hospital de Santa Maria.
Segundo Teresa Magalhães, também investigadora nesta área, a telesaúde, apesar de ter um conceito centrado na monitorização remota, «é uma ferramenta que consegue uma maior proximidade entre o doente e os profissionais de saúde, facilitando o acesso e conseguindo cuidados mais centrados no doente». E tem potencia para «ser o braço direito do Sistema Nacional de Saúde», mas é preciso «combater a falta de literacia da população», explicando aos pacientes a sua condição e como podem beneficiar com este suporte tecnológico.
Vários estudos apontam que a telesaúde, cujo uso crescente foi definido publicamente como meta, tem um impacto benéfico nas listas de espera, na necessidade de hospitalizações, na qualidade de vida do doente e até no seu risco de mortalidade. «É considerada uma ferramenta-chave para providenciar cobertura de saúde universal e para uma melhor integração de cuidados, em especial em condições de doenças crónicas, que afetam grande parte da população envelhecida».