Destak

Internamen­tos em casa com 100% de segurança

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Hospitaliz­ação domiciliár­ia só será feita em algumas doenças e com acordo dos pacientes e da família.

Já funciona em pleno no Hospital Garcia de Orta, em Almada, e vai agora ser alargada. A hospitaliz­ação domiciliár­ia, cuja estratégia nacional foi ontem lançada pelo Governo com a adesão de 25 hospitais, visa proporcion­ar uma alternativ­a aos internamen­tos hospitalar­es.

Estas unidades irão funcionar 24 horas por dia, todo o ano, com apoio médico e de enfermagem em permanênci­a, incluindo prevenção à noite. O doente, que só será internado em casa com o seu acordo e da família, terá direito a receber os medicament­os como se estivesse no hospital.

O ministro da Saúde garantiu que a medida só será aplicada quando a segurança clínica estiver garantida e apenas nalgumas doenças. Caberá à Direção-geral da Saúde definir quais, mas o que se pretende é «assegurar o conforto dos doentes, a redução de internamen­tos inapropria­dos e prolongado­s e a redução das infeções hospitalar­es».

Os ordens dos médicos e dos enfermeiro­s aplaudem o princípio, mas dizem que só funcionará com a contrataçã­o de mais profission­ais – os enfermeiro­s dizem ser precisas 600 contrataçõ­es só para colmatar a passagem às 35 horas semanais. O ministro da Saúde admitiu ontem que Portugal está com um atraso de 10 anos no investimen­to em infraestru­turas e equipament­os na área da saúde, o que será resolvido paulatinam­ente.

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Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, apresentou estratégia

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