Internamentos em casa com 100% de segurança
Hospitalização domiciliária só será feita em algumas doenças e com acordo dos pacientes e da família.
Já funciona em pleno no Hospital Garcia de Orta, em Almada, e vai agora ser alargada. A hospitalização domiciliária, cuja estratégia nacional foi ontem lançada pelo Governo com a adesão de 25 hospitais, visa proporcionar uma alternativa aos internamentos hospitalares.
Estas unidades irão funcionar 24 horas por dia, todo o ano, com apoio médico e de enfermagem em permanência, incluindo prevenção à noite. O doente, que só será internado em casa com o seu acordo e da família, terá direito a receber os medicamentos como se estivesse no hospital.
O ministro da Saúde garantiu que a medida só será aplicada quando a segurança clínica estiver garantida e apenas nalgumas doenças. Caberá à Direção-geral da Saúde definir quais, mas o que se pretende é «assegurar o conforto dos doentes, a redução de internamentos inapropriados e prolongados e a redução das infeções hospitalares».
Os ordens dos médicos e dos enfermeiros aplaudem o princípio, mas dizem que só funcionará com a contratação de mais profissionais – os enfermeiros dizem ser precisas 600 contratações só para colmatar a passagem às 35 horas semanais. O ministro da Saúde admitiu ontem que Portugal está com um atraso de 10 anos no investimento em infraestruturas e equipamentos na área da saúde, o que será resolvido paulatinamente.