Lisboa e Porto precisam de 35 mil casas novas
Profissionais de mediação dizem que é necessário reforçar o ritmo de construção de novos fogos.
Portugal está mergulhado num ciclo vicioso: «Há pouca oferta e muita procura, que faz com que o valor das casas suba e deixe de estar ao alcance das famílias». O diagnóstico é da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, que aponta a necessidade de 70 mil novas habitações no mercado. Mais de metade destas (35 mil) em Lisboa e Porto, que concentram mais de 50% da procura.
A recolha feita pela APEMIP aponta para o licenciamento de 7510 edifícios para construção no 1º semes- tre, dos quais 5591 serão dirigidos para habitação familiar, o que corresponde a 9836 fogos. Só que este número está longe de ser suficiente e é preciso acelerar a construção de casas novas. Até porque muito dos projetos em desenvolvimento destinam-se ao segmento médio-alto e alto, ficando inacessíveis às famílias. Além de que a maioria não pode esperar o tempo que demora a construir uma habitação.
Alojamento local valoriza
Outro fator de pressão é o alojamento local. A diária média anual no Porto está agora nos 97,9€, apenas 4 euros abaixo dos 101,9€ de Lisboa – valores referentes a agosto –, atenuando a diferença de 30 pontos percentuais verificada em outubro de 2017, salienta a Confidencial Imobiliário.