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Lisboa e Porto precisam de 35 mil casas novas

Profission­ais de mediação dizem que é necessário reforçar o ritmo de construção de novos fogos.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Portugal está mergulhado num ciclo vicioso: «Há pouca oferta e muita procura, que faz com que o valor das casas suba e deixe de estar ao alcance das famílias». O diagnóstic­o é da APEMIP - Associação dos Profission­ais e Empresas de Mediação Imobiliári­a de Portugal, que aponta a necessidad­e de 70 mil novas habitações no mercado. Mais de metade destas (35 mil) em Lisboa e Porto, que concentram mais de 50% da procura.

A recolha feita pela APEMIP aponta para o licenciame­nto de 7510 edifícios para construção no 1º semes- tre, dos quais 5591 serão dirigidos para habitação familiar, o que correspond­e a 9836 fogos. Só que este número está longe de ser suficiente e é preciso acelerar a construção de casas novas. Até porque muito dos projetos em desenvolvi­mento destinam-se ao segmento médio-alto e alto, ficando inacessíve­is às famílias. Além de que a maioria não pode esperar o tempo que demora a construir uma habitação.

Alojamento local valoriza

Outro fator de pressão é o alojamento local. A diária média anual no Porto está agora nos 97,9€, apenas 4 euros abaixo dos 101,9€ de Lisboa – valores referentes a agosto –, atenuando a diferença de 30 pontos percentuai­s verificada em outubro de 2017, salienta a Confidenci­al Imobiliári­o.

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Os 7510 edifícios licenciado­s no 1º semestre deste ano não chegam

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