Na república da insânia
Asemana futebolística correu bem, foi magnificente. O Benfica ganhou, o FC Porto também, o Sporting ainda. Os adversários, a despeito de dois embates extramuros, eram de bola periférica? Mas é de Europa que se trata e, nessa matéria, o pleno não é menosprezável, antes compensador. Ontem, Benfica e FC Porto manejaram dádivas e brandiram défices. Ganhou, sem mácula, quem mereceu, ante um antagonista débil, demasiado débil. Muita bola, mas também Ronaldo, sempre Ronaldo, Ronaldo no topo da notícia. Ronaldo sem bola ou até com bolas e apêndices com que a Natureza o dotou. E ao que isto chegou? Uma menina, de naturalidade americana, acusa-o de violência sexual e suporta a sua tese num conjunto de factos, já antigos, reclamando justiça e assumindo-se como uma garota imaculada nos tentos e nos intentos. Acabámos de comemorar mais um aniversário da implantação da República. Qual foi o símbolo? Aquela mulher de mamas ao léu, corria 1910 (!), sinónimo de liberdade e progressismo. E a putativa amiga do Ronaldo, que terá, rezam as crónicas, aceitado o convite para ir até ao hotel onde o nosso craque estava alojado, pensaria, porventura, em disputar com ele um jogo de batalha naval ou qualquer coisa de assemelhado? Não seria mais sensato, pensar, no mínimo, em exibir as mamas (mesmo que sem alusão à nossa República) ou outros atributos físicos, de vanguarda ou de retaguarda.
Por favor, deixem o Cristiano Ronaldo em paz. Por favor, insurjam-se contra todas as oportunistas (o feminino da coisa nada tem de marialva) que não mais pretendem do que subir, desmesuradamente, a escadaria da fama. Tenho para mim, terei sempre, que a trapacice ou a endrómina são uma indignidade. Por melhores que sejam as mamas ou outros predicados eróticos de quem quer que seja.