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Governo não abre o jogo nas questões principais

Ministro das Finanças apresentou aos partidos as projeções macroeconó­micas para 2019 e pouco mais do que isso. Amanhã há nova reunião com os sindicatos.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Cuidados e caldos de galinha. Pela reação dos vários partidos com assento parlamenta­r depois da reunião de ontem com o ministro das Finanças e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamenta­res, pouco se ficou a saber sobre as questões mais concretas que ainda estão em aberto.

No que toca às pensões, o PCP disse ter visto abertura para um aumento de 10 euros, mas nenhum valor foi dado como certo. O mesmo se aplica aos aumentos para os funcionári­os públicos. Nada foi dito pelo Executivo para além do que já se sabia: há 50 milhões de euros para aumentos salariais, faltando definir como será feita a distribuiç­ão da verba. O BE acredita que há espaço de manobra para chegar a um entendimen­to.

Isso mesmo procurará o Governo na reunião que tem amanhã com os sindicatos da Função Pública, mas as reivindica­ções dos trabalhado­res, que pedem um aumento para todos os funcionári­os a partir de 3% (há quem exiga mais) quase de certeza não serão atendidas. As opções políticas do documento, nomeadamen­te reforço de verba para alguns ministério­s, também são desconheci­das, até porque ontem arrancaram várias reuniões do Conselho de Ministros precisamen­te para ‘dividir o bolo’.

Desemprego nos 6,3%

O que se sabe é que o Governo continua a apontar para um défice de 0,2% em 2019 – as previsões ontem divulgadas pelo FMI são de 0,3%. Face a abril, o Executivo revê em baixa o cresciment­o do PIB no próximo ano de 2,3% para 2,2% (valor novamente mais otimista do que o FMI: 1,8%). O desemprego será de 6,9% este ano e de 6,3% em 2019.

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Pagamento especial por conta acaba em 2019, uma «vitória» para as PME

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