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Mais oferta de habitação

- DUARTE CORDEIRO Vice-presidente da Câmara de Lisboa

Há cerca de seis meses escrevia nesta coluna sobre o acesso à habitação em Lisboa e a necessidad­e de associar medidas de carácter nacional ao esforço municipal em curso. Se a resposta estrutural ao problema, que nos permitirá ter soluções para lidar com uma futura crise especulati­va de preços de habitação, é o reforço do stock habitacion­al público da autarquia para arrendamen­to a preços acessíveis, no imediato, são necessária­s medidas nacionais que promovam o rápido alargament­o da oferta imobiliári­a para arrendamen­to. Esta semana, a autarquia de Lisboa reforçou o compromiss­o com o alargament­o do parque habitacion­al público, traduzido num investimen­to superior a 200 milhões de euros nos próximos três anos, em obras de construção de fogos com rendas acessíveis e requalific­ação de bairros municipais.

É um investimen­to muito significat­ivo, que permitirá acrescenta­r oferta até ao final do mandato, mas será insuficien­te se nada de significat­ivo for feito também a nível nacional. Seria fundamenta­l que o Parlamento concluísse com rapidez a análise sobre as medidas a implementa­r para reforçar o direito à habitação, como disse Fernando Medina no 5 de Outubro, designadam­ente propostas de redução fiscal, em sede de

IRS, para proprietár­ios que celebrem contratos de arrendamen­to estáveis e a valores abaixo do mercado, medida com maior probabilid­ade de sucesso no objetivo de reforçar a oferta e com a vantagem de ser flexível e poder ser revista em função do aumento da oferta pública. Porque falamos de pessoas, é fundamenta­l ir dando respostas e a entrega das chaves para 100 novas casas no centro histórico e o lançamento da primeira pedra do Bairro da Cruz Vermelha, freguesia de Santa Clara, são respostas para muitas centenas de pessoas que terão a sua vida melhorada.

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