«Só agora comecei a mostrar quem sou»
Depois do estrelato no mundo da música, Stefani Joanne Angelina Germanotta vira agora as suas energias para a 7ª Arte através de um ‘remake’ realizado por Bradley Cooper, com quem contracena. E “Assim Nasce Uma Estrela”.
Palavras para quê. Lady Gaga prepara-se para entrar em palco e o melhor é calar a voz e abrir alas. Peçam silêncio às cotovias. Meros dados biográficos para dar contexto a algo que ainda não ganhou dimensão definida: Stefani Germanotta nasceuemnovaiorqueemmeadosdos anos 80 e, numa mistura de arte e música que poderia comparar-se a um amalgamado cósmico feito em partes iguais de Andy Warhol e Elton John, irrompeu pelo mundo dançante com hinos “monstruosos”. Esta semana a diva tenta outro passo em frente com o filme Assim Nasce Uma Estrela, o clássico do cinema que já mereceu os talentosdejudygarlandebarbrastreisand ao microfone. Nesta versão, Lady Gaga aparece a namorar um cowboy cantor que tenta sobreviver à descida vertiginosa de uma carreira. Duas almas gémeas encontram-se a meio caminho entre o céu e o inferno. A experiência vem com Bradley Cooper ao volante.
Senhora Lady, diga-me só como foi o primeiro encontro com o realizador e ator Bradley Cooper. Deram-se bem imediatamente ou, pelo contrário, perceberam com azedume que tinham visões diferentes para este filme?
Logo que travei conhecimento com o Bradley, quando ele me visitou na Califórnia, percebi que a ligação entre nós era fortíssima. Olhei-o nos olhos e não tive dúvida. Logo a seguir, sem sequer me dar conta dos meus gestos, servi-lhe uma pratada de massa italiana. Como sabe, ele nasceu na costa Leste, como eu. Vem de família italiana, como eu. A sinergia entre nós foi absolutamente imediata.
Não consigo imaginar o prazer artístico de tal mesa, a conversa, a alegria do viver na criatividade. E depois, que fizeram?
Pouco tempo depois, perguntou-me se eu não me importaria de cantar com ele. Uma canção chamada Midnight Special.
Qual foi a sua reação?
Fui logo imprimir a pauta de música. Sentei-me ao piano e, porque era a primeira vez que via a composição à minha frente, estava nervosa. Comecei a tocar e ele começou a cantar. Mas tive de parar imediatamente. Não podia acreditar. Tive de lhe dizer
«Logo que travei conhecimento com o Bradley, (...) percebi que a ligação entre nós era fortíssima»