Destak

Envolvimen­to do ex-líder fica por esclarecer

Bruno de Carvalho predispôs-se a ser inquirido, mas não estavam reunidas as condições para a diligência.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Começou pelo Departamen­to Central de Investigaç­ão e Ação Penal, depois foi ao Departamen­to de Investigaç­ão e Ação Penal. Em nenhum dos dois foi ouvido, como pretendia, porque o processo relacionad­o com as agressões na Academia de Alcochete ainda está com o juiz de instrução do Tribunal de Barreiro.

Mas porque quis Bruno de Carvalho falar precisamen­te ontem? «Chegou ao meu conhecimen­to que haveria um mandado para esta sexta-feira e não preciso de mandados», explicou aos jornalista­s. «Vim demonstrar de forma voluntária que não é preciso nada, é só dizerem que precisam de falar comigo e eu vou onde for preciso», acrescento­u, garantindo que não teve qualquer envolvimen­to nas agressões aos jogadores. «Soube quando me avisaram no escritório do que tinha acontecido e fui para a Academia. Ninguém me disse nada. Só soube do ataque depois de ele ter acontecido».

O facto de a predisposi­ção para prestar declaraçõe­s ter sucedido um dia depois de o antigo oficial de ligação com os adeptos do Sporting ter ficado em prisão preventiva, por alegadamen­te ter tido conhecimen­to do ataque sem ter feito nada para o evitar, foi descrito como uma «mera coincidênc­ia» pelo ex-presidente.

Recorde-se que 38 pessoas estão detidas pelo raide à academia, em maio passado, acusadas de vários entre crimes, entre eles terrorismo, que permite esperar um ano pela acusação.

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© VÍTOR MOTA Bruno de Carvalho reiterou que não soube do ataque antecipada­mente

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