Envolvimento do ex-líder fica por esclarecer
Bruno de Carvalho predispôs-se a ser inquirido, mas não estavam reunidas as condições para a diligência.
Começou pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal, depois foi ao Departamento de Investigação e Ação Penal. Em nenhum dos dois foi ouvido, como pretendia, porque o processo relacionado com as agressões na Academia de Alcochete ainda está com o juiz de instrução do Tribunal de Barreiro.
Mas porque quis Bruno de Carvalho falar precisamente ontem? «Chegou ao meu conhecimento que haveria um mandado para esta sexta-feira e não preciso de mandados», explicou aos jornalistas. «Vim demonstrar de forma voluntária que não é preciso nada, é só dizerem que precisam de falar comigo e eu vou onde for preciso», acrescentou, garantindo que não teve qualquer envolvimento nas agressões aos jogadores. «Soube quando me avisaram no escritório do que tinha acontecido e fui para a Academia. Ninguém me disse nada. Só soube do ataque depois de ele ter acontecido».
O facto de a predisposição para prestar declarações ter sucedido um dia depois de o antigo oficial de ligação com os adeptos do Sporting ter ficado em prisão preventiva, por alegadamente ter tido conhecimento do ataque sem ter feito nada para o evitar, foi descrito como uma «mera coincidência» pelo ex-presidente.
Recorde-se que 38 pessoas estão detidas pelo raide à academia, em maio passado, acusadas de vários entre crimes, entre eles terrorismo, que permite esperar um ano pela acusação.