Eixo central instável e com missão difícil
Benfica cumpre hoje o quinto jogo consecutivo a trocar a dupla de centrais e logo contra um adversário que tem o seu expoente precisamente no ataque
Temos a consciência de que ofensivamente o Ajax tem várias virtudes, muitas dinâmicas interessantes, mas não vale a pena alterar a nossa forma de trabalhar». Foi desta forma que Rui Vitória destacou ontem a qualidade ofensiva do Ajax, que defronta esta noite para a Champions, mostrando ao mesmo tempo confiança na sua linha recuada.
Mesmo que continue em dificuldades para formar o eixo central. Depois de ter sido expulso na Grécia, Rúben Dias não pode jogar na Holanda, pelo que terá de ser substituído. O defesa português vinha sendo o pilar do setor desde que Jardel se lesionou. Com o problema físico do brasileiro em Chaves, iniciou-se uma verdadeira roda-vida no eixo central.
A Jardel e Rúben Dias seguiu-se Conti e Rúben Dias. Porque o argentino foi expulso entrou para o seu lugar o compatriota Lema e como também este viu um vermelho foi Alfa Semedo a fazer a posição contra o Sertanense. Agora a renovação deverá ser total, com a colocação de Conti no lugar de Rúben e o regresso de Jardel, que acaba por voltar a competir num encontro de elevada exigência.
É que o Benfica não tem muito espaço de manobra. A um ponto do rival, os encarnados precisam de um bom resultado, mas Vitória recusa pensar «em estratégias para levar um pontinho». O técnico quer procurar a vitória e garante que também os seus atacantes podem causar danos ao adversário.
Mas é mesmo na retaguarda que residem as maiores preocupações. Não só devido à tal instabilidade na defesa, mas também porque Fejsa não está nas melhores condições físicas – ontem não treinou. Por último, o Ajax tem na linha atacante a sua grande força e mostrou isso mesmo contra o Bayern, criando um volume de oportunidades de golo pouco habitual para quem visita Munique.