Remodelação governamental
Como só um ministro caiu, o da Defesa, não percebi a causa da remodelação de quatro ministros.
O primeiro-ministro lá saberá porquê. O que foi estranho foi que António Costa remodelou o governo após o Orçamento de Estado para 2019 ter sido acabado de aprovar pelos ministros do governo saídos no dia seguinte.
É estranho ou não? Julgo que Portugal, enquanto membro da União Europeia, não tem a autonomia que justifique a presença de ministros que vão propor algo que outros ministros irão executar. Todos os atos governamentais estão de tal forma condicionados pela União Europeia que pouca diferença faz ser este ou aquele ministro executar o Orçamento. Na verdade, tendo em conta que todos os atos governamentais estão dependentes de verbas da União Europeia e das inúmeras diretivas emanadas por ela, a dependência do nosso governo é mais tecnocrática do que governamental, ou seja, a nossa dependência da União Europeia faz com que os ministros se tornem meras extensões da Comissão Europeia.
Os ministros estão de tal forma condicionados pelas verbas que a União Europeia deixa ou não gastar por causa do défice, que mais parece que são todos “Centeno”. Já não sei se os nossos problemas de financiamento e de investimentos são causa nossa ou da
União Europeia