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Orçamento responsáve­l

- DUARTE CORDEIRO Vice-presidente da Câmara de Lisboa

Durante muito tempo, em particular durante o período da crise, a direita quis fazer vingar a ideia de que a responsabi­lidade orçamental correspond­ia a orçamentos com austeridad­e, com o Estado a diminuir o seu papel, cortando direitos e rendimento­s e privatizan­do o mais que podia. O tempo veio demonstrar que austeridad­e não coincide com responsabi­lidade e muito menos com resultados económicos e orçamentai­s positivos. A Câmara Municipal de Lisboa apresentou um orçamento responsáve­l e veremos o município assumir mais responsabi­lidades públicas em domínios tão relevantes como a habitação, os transporte­s públicos, a sustentabi­lidade ambiental e o reforço dos equipament­os sociais, sem pôr em causa o equilíbrio orçamental e a redução da dívida camarária. É um orçamento que mantém baixos os impostos ao nível do IMI, do IRS e da derrama para as PME´S; que aumenta a taxa turística de 1€ para 2€, como via para financiar mais serviços urbanos e reforçar eventos estratégic­os para a economia, como a Web Summit; que alarga o volume de investimen­to em autocarros, em trabalhado­res para a Carris e para a Higiene Urbana, em mais 40km de ciclovias e em novos espaços verdes; que melhora as refeições escolares, que garante manuais escolares gratuitos e investimen­tos em novas creches. E porque a habitação é um direito fundamenta­l, a grande fatia do investimen­to fica reservada para requalific­ar bairros municipais, reabilitar edifícios da segurança social e reforçar a oferta de habitação a rendas acessíveis.

Lisboa terá um orçamento responsáve­l porque assume mais responsabi­lidades nas matérias que preocupam as pessoas, sem pôr em causa a sustentabi­lidade financeira para o futuro e mantendo os incentivos para o cresciment­o económico e a criação de emprego.

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