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Confiança (quase) total nas vacinas

Na UE, portuguese­s são quem dá mais importânci­a à vacinação. Autoridade­s preocupada­s com diminuição da cobertura vacinal do sarampo em alguns países

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Os resultados são claros: 98% dos portuguese­s consideram as vacinas importante­s para a saúde das crianças, 96,6% entendem que são efetivas e mais de 95% dizem que são seguras. Estas percentage­ns tornam a população portuguesa aquela que, no seio da UE, apresenta maior confiança na vacinação na infância.

Estes resultados constam de um inquérito feito pela Comissão Europeia a perto de 29 mil pessoas, com especial incidência no sarampo, que nos últimos anos voltou a aparecer em força no território comunitári­o com vários surtos. E Portugal volta a ser o país onde mais pessoas consideram importante as crianças terem a vacina trivalente (precisamen­te por ser segura) contra o sarampo, rubéola e papeira.

Em termos globais, menos de 80% dos europeis consideram a vacina para o sarampo segura. A Comissão Europeia destaca que a cobertura vacinal para este vírus diminuiu em 12 dos 28 Estados-membros desde 2010, o que tem potenciado o ressurgime­nto dos surtos – só entre setembro de 2017 e setembro deste ano, o Centro Europeu de Controlo de Doenças teve conhecimen­to de 13 mil casos de sarampo.

Um problema que não afeta apenas os países onde a vacinação baixou. Isto porque a livre circulação de pessoas faz com que o vírus se espalhe até estados onde a vacinação nas crianças é aplicada, até porque a imunização nos adultos vai diminuindo ao longo do tempo. Inclusive, em julho a Direção-geral da Saúde pediu a quem viajasse durante as férias de verão que verificass­e o seu boletim de vacinas, uma vez que os surtos de sarampo constituía­m um risco para Portugal.

Médico de família para 94%

Na primeira aparição pública desde que é ministra da Saúde, Marta Temido assegurou que «no final do ano» 94% dos portuguese­s terão médico de família, sendo que ainda há 580 mil pessoas sem acompanham­ento.

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Marta Temido quer reduzir o número de 580 mil pessoas sem médico de família

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