Destak

Travão a parte das reformas fica adiado

Ministro diz que as restrições às reformas antecipada­s que ele próprio anunciou só serão discutidas no futuro

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Adiscussão leva uma semana e teve ontem um novo episódio. Na apresentaç­ão e discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2019 na pasta da Segurança Social, o tema das reformas antecipada­s foi o mais falado. E depois das muitas críticas, o ministro disse ontem que só está previsto como quem cumpre os 60 anos e tem 40 anos de descontos se vai reformar mais cedo sem pagar o fator de sustentabi­lidade: um corte automático de 14,5%, a que se junta 0,5% por cada seis meses antecipado­s.

Assim, a partir do próximo ano, os 40 anos de descontos dão acesso à reforma antecipada a quem tenha 63 anos; a partir de outubro a idade de acesso baixa para os 60. Qualquer outra limitação, como a que o próprio ministro sugeriu – que os 40 anos só dessem acesso ao regime caso o trabalhado­r tivesse 60 anos, e não 61, 62, etc. – e que teve forte contestaçã­o dos parceiros de esquerda, só será discutida no futuro. Provavelme­nte noutra legislatur­a que não a que termina precisamen­te em outubro de 2019, quando se realizam as legislativ­as.

Combate à pobreza reforçado

O Governo destinou 5012,3 milhões de euros (M€) no OE 2019 para o combate à pobreza, prevendo o reforço do abono de família em 63,4M€ (792M€ no total) que permitirá concluir o alargament­o gradual para as crianças entre os 12 e 36 meses, benefician­do mais 130 mil. O Indexante dos Apoios Sociais é aumentado em 30,4M€.

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© MANUEL DE ALMEIDA/USA Ministro esteve no Parlamento a falar do OE para a Segurança Social
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