Plásticos de uso único mais perto da abolição
Depois da Comissão, também o Parlamento Europeu dá um passo concreto para combater este material
Em maio, como o Destaknoticiou, preocupada com a proliferação do plástico enquanto lixo marinho – em Portugal, diz a WWF, os microplásticos predominam nas areias das praias, representando 72% do lixo encontrado em zonas industriais e de estuários – a Comissão Europeia apresentou medidas de contenção deste material, que agora tiveram aceitação do Parlamento Europeu (PE). Fica a faltar o acordo do Conselho Europeu, que reúne os governos dos 28 Estados-membros, para avançar com medidas concretas a aplicar nos próximos anos.
Com 571 votos a favor, 53 contra e 34 abstenções, o PE aprovou até 2021 a proibição da venda de pratos, talheres, cotonetes, palhinhas, agitadores para bebidas e varas para balões, e também de produtos de plásticos oxodegradável e recipientes para alimentos e bebidas de poliestireno expandido. Outros produtos como caixas para hambúrgueres, sanduíches e saladas terão de ter uma redução de 25% até 2025. Também até essa data, os Estados-membros terão de assegurar a recolha seletiva e a subsequente reciclagem de pelo menos 90% das garrafas de plástico descartáveis.
A Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos considera a proibição da venda de produtos de plástico de utilização única «uma medida impulsiva» que pode pôr em risco a segurança alimentar e dos consumidores.