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Uma em oito casas vai para estrangeir­os

Setor da construção destaca a importânci­a da procura externa para o imobiliári­o de 2012 a 2017. Nestes seis anos, não residentes gastaram 11 100 milhões de euros

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Contra factos não há argumentos. Essa é a conclusão da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS), que analisou os dados do INE entre 2012 e 2017 no que toca ao imobiliári­o. Nesse período, os estrangeir­os foram responsáve­is pela compra de 70,7 mil imóveis, 12,3% do total de transações.

Por esses negócios pagaram ao longo dos seis anos em questão 11 100 milhões de euros. É qualquer coisa como 154,16 milhões por mês ou pouco mais de 5 milhões por dia. Os gastos dos não residentes tiveram um aumento médio anual de 28%, indo de 800 milhões em 2012 até 2800 milhões em 2017. Mas foram fortemente impulsiona­dos em 2014, aponta a análise a que o Destak teve acesso. É que nesse ano o cresciment­o atingiu quase os 70%.

Britânicos (18,3%), franceses (17,9%) e chineses (12,7%) dominam a procura externa, que se concentra maioritari­amente no Algarve (43%) e na Área Metropolit­ana de Lisboa e no Alentejo (37%). A Área Metropolit­ana do Porto e o Centro representa­m apenas 17%, ficando 3% para as regiões autónomas. A AECOPS destaca a importânci­a da procura externa na reabilitaç­ão residencia­l, único segmento que teve um cresciment­o de 50% entre 2012 e 2017. O valor médio da avaliação bancária em Portugal fixou-se nos 1205 euros por metro quadrado em setembro, subindo 70 euros em termos homólogos (+6,2%) e nove euros em termos mensais (+0,8%), revelou ontem o Instituto Nacional de Estatístic­a.

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Procura vinda de fora incentivou a reabilitaç­ão residencia­l, que cresceu 50%

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