Quem dá o que tem a mais não é obrigado
Pode não ter a astúcia de Giovanni Trapattoni, o benfiquismo de Toni e a classe de Sven-göran Eriksson, mas Rui Vitória será sempre um senhor.
Há um provérbio que diz que “quem dá o que tem, a mais não é obrigado”, e foi isto que o abnegado ribatejano sempre fez.
Enxovalhado pelos treinadores dos rivais, pela comunicação social, por alguns adeptos que o apelidavam de “professor de ginástica” e pela pressão de treinar um clube gigante como o Benfica, respondeu com apenas vitórias: dois Campeonatos Nacionais; uma Taça de Portugal; uma Taça da Liga; e duas Supertaças.
No entanto, a partir do meio do ano de 2017, houve um claro desinvestimento no plantel encarnado originando fracas qualidades exibicionais, que nem a alteração do sistema táctico melhorou. Pelo meio, foram publicados uns emails roubados e deturpados envolvendo o Benfica num esquema que envolve a arbitragem portuguesa, com o propósito de condicionar a mesma a favor de outros.
E chegamos até aqui, quando um ancião de 34 anos faz chantagem e passa a ser o mais bem pago da equipa, estilhaçando um balneário, no lugar em que o treinador não consegue ter pulso num conjunto de pseudo vedetas com grandes diferenças salariais, desmotivados, e onde os adeptos desligam-se da equipa, vexados, abandonando os jogos ao intervalo, dando razão aos que acham que talvez seja a hora de mudar antes que seja tarde demais.
A sua campanha sustentada por notícias falsas, anátemas, fugas ao confronto directo com o seu opositor e ameaças segregadoras, augura um caminho das pedras que subverterá o sistema democrático. (...) Bolsonaro, ex-militar expulso das fileiras do exército, agora dá guarida a militares de alta patente. Os democratas jamais esquecerão as atrocidades cometidas pela ditadura militar, que ele enalteceu, sem julgamento e punição! (...)
Durante 27 anos, como deputado estadual, enriqueceu… e nunca ninguém deu por ele. Não teve uma iniciativa digna de registo. Zero! (...)
O Povo brasileiro não quer continuar o curso de retrocesso social. Pretende melhorar as suas condições de vida: na saúde, emprego, educação e segurança... sem corrupção (...).
Bolsonaro fracturou e bipolarizou a sociedade brasileira. Não vale a pena chorar. Há que lutar!
Este texto também é uma resposta à leitora Lia Lima que, além de nada acrescentar de relevante, só por fé cega e dogmatismo pode estar de acordo com o que escreveu. Ponto.