O impacto estrutural da Web Summit
Em semana de Web Summit, o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, estimou o impacto do evento em cerca de 300 milhões de euros, dos quais 10% representam receitas fiscais. Os 70 mil visitantes esperados, neste que é um dos maiores eventos mundiais em tecnologia e inovação, garantem de impacto imediato uma taxa de ocupação hoteleira em Lisboa próxima dos 100%, num mês caracterizado como sendo de época baixa. Este impacto podia, por si só, justificar o investimento do Governo e da Câmara Municipal de Lisboa para manter a Web Summit em Portugal por mais 10 anos. Mas o impacto mais significativo deste evento é a transformação estrutural que Lisboa começa a sentir no seu ecossistema de inovação, com a abertura de incubadoras internacionais e de departamentos de inovação de grandes empresas. Esta terça-feira foi inaugurado em Lisboa o novo centro de desenvolvimento de software da Volkswagen, dedicado à MAN Trucks and Bus, que criará postos de trabalho para 300 especialistas em tecnologias de informação, grande parte deles portugueses. O vice-presidente e chief information officer do grupo Volkswagen, Martin Hoffman, referiu que foi através da Web Smmit que conheceu os planos da cidade para o futuro, bem como o nosso potencial em termos de recursos humanos, elementos essenciais para a decisão de investir em Lisboa. Esta notícia tem muita importância, não apenas pela tendência de investimento internacional que representa, mas também pelo reforço que traz a este sector tecnológico na cidade lisboeta, cada vez mais atrativo para reter o talento gerado nas nossas universidades e para atrair talento internacional, representando uma oportunidade para os portugueses que emigraram, mas cuja vontade é regressar.