Pedro Mexia estreia-se no mundo da ópera
“Canção do Bandido”, no Teatro da Trindade, assinala a estreia absoluta do poeta, crítico e cronista na ópera
Segundo Nuno Côrte-real, diretor musical da obra, citado pela Lusa, Canção do Bandido revela-se «um vendaval grotesco de palhaçada muito séria» e estreia hoje, no Teatro da Trindade, em Lisboa. Trata-se de uma ópera cómica que assinala a estreia de Pedro Mexia na escrita operática e na qual participam a Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos.
De Mozart a Romana
Com encenação de Ricardo Neves-neves, a ópera da autoria do cronista, poeta, crítico e ensaista português parte do conto O Macaco de Rabo Cortado, mas acaba por se tornar numa comédia sobre o excesso de confiança dos homens e no mau resultado que tal postura pode dar.
Numa altura em que o movimento #Metoo se tornou um fenómeno global, este espetáculo vem mostrar que o lado de força está no feminino assim como a exuberância, explica o encenador – um homem que vai seduzindo mulheres atrás de mulheres é a personagem principal desta ópera cómica onde são audíveis acordes de Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart e letras de canções mais populares, como uma de Paulo de Carvalho e outra de Romana.
Coproduzido pelos teatros da Trindade e Nacional S. Carlos e pela Temporada Darcos, Canção do Bandido tem direção musical de Nuno Côrtereal, com cenário de Henrique Ralheta, figurinos de Rafaela Mapril e desenho de luz de Luís Duarte.