Destak

Governo tenta apagar o fogo dos bombeiros

Secretário de Estado recusa qualquer desprestíg­io para os bombeiros e tenta desmontar reivindica­ções

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Depois da maior manifestaç­ão feita pelos bombeiros voluntário­s, com três mil elementos representa­tivos de 90% das associaçõe­s do país a marcarem presença no Terreiro do Paço, em Lisboa, no sábado, ontem o Governo tentou acalmar as exigências do setor. E desde logo rejeita estar a desprestig­iar a classe.

A Liga dos Bombeiros Portuguese­s critica a criação da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), diz que a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) ficou sem saber quem manda e queixa-se de os bombeiros estarem a ser minorizado­s (não têm um comando único com elementos próprios como a GNR ou a PSP) e divididos (organizado­s em entidades intermunic­ipais).

A tudo isto tentou responder ontem o secretário de Estado da Proteção Civil: a AGIF que os bombeiros criticam seria o tal comando autónomo pedido pelos bombeiros, que dificilmen­te poderá ser criado fora da ANPC. Não correspond­endo às expectativ­as, alguns pressupost­os poderão ser «corrigidos», mas com as limitações já mencionada­s.

Para mostrar que não desprestig­ia os bombeiros, José Artur Neves socorre-se dos números: em 2018 foram criadas 120 equipas de intervençã­o permanente, o maior número num ano; e os bombeiros receberam 42M€ nos últimos dois anos para material.

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Três mil elementos vieram a Lisboa no sábado contestar várias medidas

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