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«Houve uma altura complicada»

Após o triunfo na estreia com “batequebat­e”, os D’alva voltam com um segundo disco cheio de “Maus Êxitos”

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Sei que é um cliché, uma lenda da pop, mas tenho que perguntar: depois do fantástico impacto do #batequebat­e, até que ponto vocês estavam apavorados na criação do difícil segundo disco?

Estávamos um bocadinho. Eu estava um bocadinho menos que o Alex... talvez por ser mais velho, consegui gerir melhor as expectativ­as. Houve uma altura complicada, em que chegámos mesmo a pensar “Será que vamos conseguir?”.

Vocês são declaradam­ente pop: tendo em conta isso e pegando neste disco e os três singles que já foram lançados, fico sempre com a ideia que vocês têm um fascínio especial pelo formato single? Concordas?

Concordo.

Sou um apaixonado por esse formato. Até quando me convidam para produzir coisas de outras pessoas, eu prefiro fazer só singles. É um desafio, um jogo de lego: como é que, com as peças à disposição, consigo fazer uma canção que vai reter a atenção de uma pessoa? Este é o grande desafio.

Outra coisa que eu acho que é uma imagem de marca vossa é uma estética fortíssima: como surgiu a possibilid­ade de trabalhar com o Bráulio Amado na direção artística deste disco?

O Braúlio é uma pessoa que nós já conhecíamo­s, mesmo antes de travar conhecimen­to pessoal com ele. Tanto eu como o Alex passámos pela cena punk/hardcore e o Braúlio também começou aí com as suas bandas e a desenhar t-shirts para outros grupos. Depois ele seguiu uma carreira no design, sempre ligado à música, e quando o nosso disco de estreia saiu, ele disse-nos que era fã. A partir daí sempre existiu essa relação entre nós, sempre com diálogo aberto. Quando este disco começou a ganhar forma, apercebemo-nos que o Bráulio era a pessoa perfeita para tratar de todo o conceito gráfico e de design do álbum.

Descobri na pesquisa que fiz que tu e o Alex têm alguns anos de diferença: isso ajuda na vossa química? Uma “generation gap” positiva?

Acho que sim. Mas há momentos que pode ser fonte de tensão, como aconteceu no princípio, quando ainda estávamos a tentar perceber como trabalháva­mos juntos. Eu, mais velho, trago alguma estabilida­de às composiçõe­s, e ele, mais novo, traz alguma frescura.

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©DR © VERA MARMELO

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