Destak

Vacinas sem parecer é um mau precedente

Diretora-geral da Saúde recorda que o programa da vacinação é um tema do foro da prescrição médica

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Depois de a ministra da Saúde se ter confessado surpreendi­da e de o bastonário da Ordem dos Médicos ter falado num erro, ontem foi a vez da diretora-geral da Saúde reagir à decisão do Parlamento de incluir três vacinas no programa da vacinação por sua iniciativa. «Pode acontecer que se abra um precedente num assunto que é do foro da prescrição médica e da prescrição da saúde.»

Graça Freitas acredita nas boas intenções dos deputados, acreditand­o que no futuro tentarão «não incorrer em algum tipo de situação que possa colocar em risco os critérios técnico-científico­s, a evidência científica e as boas práticas médicas». Portanto, sem assumir o confronto direto, a responsáve­l deu a entender que prefere a prática seguida até agora: incluir vacinas após a avaliação feita por quem de direito: a DGS.

Sobre as três vacinas a incluir: a do rotavírus «não tem peso suficiente em Portugal» para ser candidata a um programa de vacinação universal; a da meningite B é preciso saber se, de acordo com a bactéria que circula no nosso país, a vacina é efetiva ou não; sobre o HPV, a comissão técnica de vacinação irá emitir um parecer em breve.

Refira-se que o PCP recusou ontem as acusações de eventualme­nte estar a ceder a pressões das farmacêuti­cas para incluir vacinas.

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Graça Freitas comentou os efeitos das três vacinas agora incluídas

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