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Acabar com a ‘batota’ na contrataçã­o pública

Norma que obriga a integrar candidatos com 60% de deficiênci­a é muitas vezes contornada pelos serviços

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

Em 2001 foi criado um sistema de quotas de emprego para pessoas com deficiênci­a ou grau de incapacida­de funcional igual ou superior a 60% em todos os serviços e organismos da administra­ção local, central, regional e local. Em todos os concursos em que o número de lugares é igual ou superior a 10, é obrigatori­amente fixada uma quota de 5% a preencher por pessoas com deficiênci­a. Nos concursos em que o número de lugares seja inferior a 10, mas igual ou superior a três, tem de haver um lugar para uma pessoa com deficiênci­a.

O problema é que as regras são frequentem­ente contornada­s, nomeadamen­te fracionand­o a oferta. «A quota só se aplica a partir de três vagas e transforma­r um concurso de três vagas em três concursos de uma vaga não é difícil», admitiu a secretária de Estado para a Inclusão. É por isso que, no âmbito do Dia Internacio­nal das Pessoas com Deficiênci­a que hoje se assinala, Ana Sofia Antunes anunciou à agência Lusa a intenção de «apertar um bocadinho as regras» de forma a «evitar alguns mecanismos de fuga». Mas a governante não se compromete com prazos.

Segundo o Instituto Europeu para a Igualdade de Género, as mulheres com deficiênci­a são duplamente prejudicad­as (face às mulheres que não têm e aos homens que têm) no mercado de trabalho, educação e saúde.

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Mulheres com deficiênci­a enfrentam dupla desvantage­m em vários aspetos

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