Destak

“Tenho uma relação forte com o oceano”

Jason Momoa, o “gigante” havaiano que se deu a conhecer ao mundo na série , está imparável: para além de fazer parte da mitologia que rodeia agora surge nos cinemas como

- JOHN-MIGUEL SACRAMENTO, em Hollywood

Acho que chegou o momento de admitir que Jason Momoa é mesmo umagrandee­streladeci­nema – e, aqui, não estamos apenas a falar do seu arcaboiço físico ou do sucesso gigantesco que o Aquaman continua a ter nas bilheteira­s da China. Jason é grande porque consegue fazer tudo. Nisso, é tão deus como qualquer uma das personagen­s poderosas a quem tem emprestado o corpo para as novas aventuras majestátic­as da televisão e do cinema. Já era conhecidod­eaguerrado­stronos,mas foi a série Justice League que lhe ofereceu a grande possibilid­ade de, em manobra de ‘spin off’, ficar com uma coutada só sua. Como seria de prever, o Aquaman de Jason Momoa tem aventura, beleza, cenas de corpos fluídos em Atlantis e, no caminho, sequências ao estilo de um Indiana Jones dos mares. Abram alas e abram águas para que passe a nova estrela do entretenim­ento. Ele corre, ele fala, ele batalha, ele sabe entregar ao público umas quantas passagens de comédia bem imaginada e coreografa­da e, pelo caminho, dá reviravolt­as no ecrã que são magia em movimento. Grande como uma estátua, forte como um Neptuno, ágil como um golfinho. E, na vida privada, ele é como? Ele é um amor. Está casado com a belíssima Lisa Bonet. Caiu de amores por ela quando tinha tinha 8 anos e ela tinha 20. Ainda estão juntos.

Jason, que relação tem com a água? Estou agora a referir-me à água maior, ao poder e à profundeza de um mar ou oceano. Gosta de estar sempre metido em águas frias?

Gosto muito de temperatur­as ambientes mais frias. Como nasci e cresci no Havai, tenho uma relação forte com o oceano. Além disso, há na minha família uma tradição infinda de homens que vivem do mar, que são nadadores salvadores, surfistas, isso tudo. Depois, quando me mudei para o estado do Iowa, tive de passar a gostar de temperatur­as mais geladas. Gosto muito do frio. Em geral, o calor e o que é quente causa-me desconfort­o. Dêem-me muita água fria se me querem fazer feliz.

Como foi trabalhar com a Nicole Kidman? Ela d isse que adorou ficar com o papel de mãe do Aquaman. Dá a ideia que ela não é a fã de filmes de grandes orçamentos e cheios de efeitos especiais. Mas aceitou fazer este. E disse coisas muito bonitas sobre o Jason. Do que e lembra, desses dias de colaboraçã­o?

Nunca a tinha visto antes. É também por isso que aquela cena em que travo conhecimen­to com ela, que faz de minha mãe, tem uma ressonânci­a muito especial no drama. É um dos pontos altos do filme. Para mim foi o momento dramático mais difícil de concretiza­r. Senti-me cheio de sorte por poder estar ali à frente dela a fazer as cenas, como se, diante de um grande espetáculo, eu tivesse tido direito a um lugar na fila da frente. Foi-me dado ver como é que a Nicole Kidman faz aquilo que só ela consegue fazer: representa­ção para cinema ao mais alto nível. Pude observar de perto a razão porque é que a Nicole Kidman já recebeu o prémio mais prestigian­te da Academia, o Óscar. E ficou claro porque é que ela talvez ganhe mais um Óscar este ano.

É um espanto. Ou, por outras palavras: força aí, mãe!

«O calor e o que é quente causa-me desconfort­o. Dêemme muita água fria se me querem fazer feliz»

Qual é o grande trunfo do Aquaman? Para si, pessoalmen­te, porque é que este esforço valeu mesmo a pena?

A melhor coisa de todas foi poder fazer um filme para os meus filhos.

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