DIAP está a investigar a empresa Selminho
Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto está a investigar a Selminho, a imobiliária do presidente da Câmara Municipal da Invicta, Rui Moreira
ODIAP do Porto está a investigar a Selminho, a empresa imobiliária propriedade do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, que fez um acordo com a autarquia, revelou ontem à Lusa a Procuradoria-geral da República (PGR): “O inquérito relacionado com a Selminho encontra-se em investigação e está sujeito a segredo de Justiça”, informou uma fonte oficial da PGR.
A resposta surgiu depois de a Lusa questionar a PGR sobre uma sentença recente do Tribunal Central Administrativo do Norte, na qual se refere que o acordo de 2014 entre a Câmara do Porto e a empresa está “em investigação no DIAP do Porto”. Questionada sobre pormenores da investigação em curso, a PGR nota que a mesma está em segredo de Justiça, pelo que, “de momento, não é possível detalhar o respetivo objeto”.
Para autarquia não há novidades
Questionada sobre a investigação do DIAP, a Câmara Municipal do Porto respondeu que “a existência de queixas anónimas e de partidos políticos sobre esse assunto é do conhecimento público e foi várias vezes noticiado, não constituindo qualquer novidade nem havendo, obviamente, qualquer comentário a fazer sobre o assunto”.
De recordar que a 27 de julho de 2016,apgrrevelouàlusaqueodiap do Porto instaurou um inquérito na sequência de uma denúncia anónima sobre a empresa Selminho – na altura, a PGR disse ter recebido, “através da plataforma de denúncias do DIAP, uma denúncia anónima relacionada com a matéria”. Num artigo de opinião publicado no mesmo dia, sob o título A campanha começou suja, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, revelou que ia entregar na PGR uma queixa contra “desconhecidos sem escrúpulos” que lançaram a suspeição sobre o caso, mas o processo foi arquivado a 12 de junho de 2018, com o Ministério Público a concluir “não ter sido possível obter indícios suficientes da verificação do crime ou de quem foram os seus agentes”.