Não serão muita parra e pouca uva?
Os provérbios encerram muito saber acumulado, o que nem sempre as cadeiras de cátedra tal ensinam. Mas os doutos, desenvolvendo tais saberes empíricos que os povos ao longo dos tempos acumularam, mais cimentados eles ficaram.
Por isso mesmo, ou por via do que vamos constatando, muitas vezes, são mais as parras da vulgaridade do que as uvas que fermentam, até chegarmos ao elixir dos deuses, trabalhado pelo homem.
Assim, nesta babel desordenada, ainda não ouvimos os sons ‘estridentes’ que o pachorrento António Guterres tivesse bradado do alto da ONU - Organização das Nações Unidas, sobre o que se passa na ainda bolivariana Venezuela, bem como ainda não estamos cientes do que será a eficácia do [novo programa] Portugal Chama relativamente às chamas que poderão eclodir através de mãos demoníacas, enluvadas e corruptas dos homens.
E, entrando no entrudo da antecâmara politiqueira das próximas eleições, para todos os gostos ou desgostos, temos o nascimento do Aliança do ‘bon vivant’ Pedro Santana Lopes, bem como os prematuros Chega, do ex-militante do PSD André Ventura, e do RIR do patusco Tino de Rans...
Resumindo, desde a desgraça alheia, mas humana, que petrolifera/prolifera no outro lado do Atlântico, ao menos que a Chama por mais que ela chegue ou Chega, para nos chamuscar, não devemos RIR, nem do mal alheio, nem do nosso, em particular.
A auditoria feita à gestão da Caixa Geral de Depósitos entre os anos 2000 e 2015 revelou créditos concedidos com risco elevado, sem garantias suficientes.
Mesmo com estes resultados negativos, não faltaram bónus para os gestores do banco público.
Isto é um assalto. Isto é um insulto aos portugueses. Os saqueadores e os grandes devedores da Caixa Geral de Depósitos não podem ficar impunes. Custa a acreditar como o concurso da RTP Joker, basicamente de cultura, tem apenas um ‘share’ de 17,4% no chamado Top 10 dos telespectadores, em detrimento das repetidas telenovelas e outros programas.
Vejo-o de segunda a sábado. O seu apresentador, Vasco Palmeirim, com um grande sentido de humor, ‘defende’, como é óbvio, a RTP-1, para que esta gaste o menos possível com os concorrentes! (...)
De qualquer maneira, é de felicitar a RTP1 pela ideia deste concurso, pois as nossas tê-vês, de manhã à noite, dão-nos doses industriais de novelas e programas de culinária e, evidentemente, ‘bola’...