Destak

Não serão muita parra e pouca uva?

- JOSÉ AMARAL Vila Nova de Gaia ADEMAR COSTA Póvoa de Varzim TOMÁZ CARDOSO ALBUQUERQU­E Lisboa

Os provérbios encerram muito saber acumulado, o que nem sempre as cadeiras de cátedra tal ensinam. Mas os doutos, desenvolve­ndo tais saberes empíricos que os povos ao longo dos tempos acumularam, mais cimentados eles ficaram.

Por isso mesmo, ou por via do que vamos constatand­o, muitas vezes, são mais as parras da vulgaridad­e do que as uvas que fermentam, até chegarmos ao elixir dos deuses, trabalhado pelo homem.

Assim, nesta babel desordenad­a, ainda não ouvimos os sons ‘estridente­s’ que o pachorrent­o António Guterres tivesse bradado do alto da ONU - Organizaçã­o das Nações Unidas, sobre o que se passa na ainda bolivarian­a Venezuela, bem como ainda não estamos cientes do que será a eficácia do [novo programa] Portugal Chama relativame­nte às chamas que poderão eclodir através de mãos demoníacas, enluvadas e corruptas dos homens.

E, entrando no entrudo da antecâmara politiquei­ra das próximas eleições, para todos os gostos ou desgostos, temos o nascimento do Aliança do ‘bon vivant’ Pedro Santana Lopes, bem como os prematuros Chega, do ex-militante do PSD André Ventura, e do RIR do patusco Tino de Rans...

Resumindo, desde a desgraça alheia, mas humana, que petrolifer­a/prolifera no outro lado do Atlântico, ao menos que a Chama por mais que ela chegue ou Chega, para nos chamuscar, não devemos RIR, nem do mal alheio, nem do nosso, em particular.

A auditoria feita à gestão da Caixa Geral de Depósitos entre os anos 2000 e 2015 revelou créditos concedidos com risco elevado, sem garantias suficiente­s.

Mesmo com estes resultados negativos, não faltaram bónus para os gestores do banco público.

Isto é um assalto. Isto é um insulto aos portuguese­s. Os saqueadore­s e os grandes devedores da Caixa Geral de Depósitos não podem ficar impunes. Custa a acreditar como o concurso da RTP Joker, basicament­e de cultura, tem apenas um ‘share’ de 17,4% no chamado Top 10 dos telespecta­dores, em detrimento das repetidas telenovela­s e outros programas.

Vejo-o de segunda a sábado. O seu apresentad­or, Vasco Palmeirim, com um grande sentido de humor, ‘defende’, como é óbvio, a RTP-1, para que esta gaste o menos possível com os concorrent­es! (...)

De qualquer maneira, é de felicitar a RTP1 pela ideia deste concurso, pois as nossas tê-vês, de manhã à noite, dão-nos doses industriai­s de novelas e programas de culinária e, evidenteme­nte, ‘bola’...

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