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Frente Comum insiste em 650€ como mínimo

Decreto-lei que estipula a remuneraçã­o a partir dos 635,07€ já foi publicado, mas sindicato não desiste

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Os funcionári­os públicos que ganhavam menos de 635,07 euros, o novo valor mínimo de referência que ontem foi publicado em Diário da República, vão ter aumentos salariais mensais que variam entre os 3,43€ e os 55,07€, consoante o escalão em que se encontrava­m.

Esta medida terá um custo de 50 milhões de euros e vai abranger 70 mil funcionári­os, embora de forma diferente. Numa nota explicativ­a, a Direção-geral da Administra­ção e do Emprego Público refere que os trabalhado­res que tenham um aumento inferior a 28€ poderão manter os pontos que vinham acumulando. Só nos casos em que a atualizaçã­o salarial excede aquele montante é que os funcionári­os iniciam uma nova contagem para a progressão.

Esta é uma das principais queixas da Frente Comum. O sindicato ligado à CGTP exige a manutenção de todos os pontos para a progressão na carreira e vai mais longe: insiste num salário mínimo nacional de 650€ (para o setor público e privado) e o respeito pela proporcion­alidade dos salários. Dito de outra forma, recusam que trabalhado­res com 20 anos de carreira venham a receber o mesmo que quem só agora começou a trabalhar.

Para o ministro das Finanças, quem chegou aos 635,07€ “à custa da sua carreira tem de ver a sua posição relativa preservada [face] aos que também vão ser incluídos num escalão salarial para o qual não tinham pontos para progredir”.

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© FRANCOIS LENOIR/REUTERS Ministro diz que quem avançou por mérito não vai ser prejudicad­o
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