Frente Comum insiste em 650€ como mínimo
Decreto-lei que estipula a remuneração a partir dos 635,07€ já foi publicado, mas sindicato não desiste
Os funcionários públicos que ganhavam menos de 635,07 euros, o novo valor mínimo de referência que ontem foi publicado em Diário da República, vão ter aumentos salariais mensais que variam entre os 3,43€ e os 55,07€, consoante o escalão em que se encontravam.
Esta medida terá um custo de 50 milhões de euros e vai abranger 70 mil funcionários, embora de forma diferente. Numa nota explicativa, a Direção-geral da Administração e do Emprego Público refere que os trabalhadores que tenham um aumento inferior a 28€ poderão manter os pontos que vinham acumulando. Só nos casos em que a atualização salarial excede aquele montante é que os funcionários iniciam uma nova contagem para a progressão.
Esta é uma das principais queixas da Frente Comum. O sindicato ligado à CGTP exige a manutenção de todos os pontos para a progressão na carreira e vai mais longe: insiste num salário mínimo nacional de 650€ (para o setor público e privado) e o respeito pela proporcionalidade dos salários. Dito de outra forma, recusam que trabalhadores com 20 anos de carreira venham a receber o mesmo que quem só agora começou a trabalhar.
Para o ministro das Finanças, quem chegou aos 635,07€ “à custa da sua carreira tem de ver a sua posição relativa preservada [face] aos que também vão ser incluídos num escalão salarial para o qual não tinham pontos para progredir”.