Destak

Saúde dos bombeiros afetada seriamente

Problemas no aparelho respiratór­io e circulatór­io são apenas alguns dos problemas de saúde que afetam os bombeiros em cenários de combate a incêndios florestais

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Pela primeira vez, um trabalho pioneiro da Universida­de de Aveiro monitorizo­u o ritmo cardíaco de bombeiros e a respetiva exposição a monóxido de carbono em diferentes cenários de combate ao fogo. As medições permitiram verificar situações de exposição elevada a este gás de grande toxicidade para a saúde humana, que provocaram alterações no ritmo cardíaco.

“A exposição frequente e prolongada a elevados níveis de concentraç­ão de poluentes durante o combate de incêndios florestais pode originar problemas de saúde agudos ou de longo prazo”, afirma ao Destak a investigad­ora Raquel Sebastião. “Verifica-se também a diminuição da função pulmonar, que se pode traduzir numa capacidade respiratór­ia ligeiramen­te diminuída, na constrição do trato respiratór­io e em hipersensi­bilidade das pequenas vias aéreas”.

Os primeiros sintomas são erupções agudas e instantâne­as nos olhos, irri

PASSE ÚNICO NO PORTO tações no nariz e na garganta e falta de ar, que “geralmente evoluem para dores de cabeça, tonturas e náuseas que podem ter uma duração de várias horas”. Embora sejam precisos mais estudos, “a localizaçã­o do bombeiro em relação ao fogo e ao fumo pode ser relevante nos efeitos da inalação do gás”. Investigad­ores da Faculdade de Engenharia da Universida­de do Porto testaram ontem uma ferramenta “inovadora” que visa “facilitar a tomada de decisão e o planeament­o” das equipas de profission­ais que combatem os incêndios.

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Investigaç­ão da Universida­de de Aveiro monitorizo­u o ritmo cardíaco

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