Saúde dos bombeiros afetada seriamente
Problemas no aparelho respiratório e circulatório são apenas alguns dos problemas de saúde que afetam os bombeiros em cenários de combate a incêndios florestais
Pela primeira vez, um trabalho pioneiro da Universidade de Aveiro monitorizou o ritmo cardíaco de bombeiros e a respetiva exposição a monóxido de carbono em diferentes cenários de combate ao fogo. As medições permitiram verificar situações de exposição elevada a este gás de grande toxicidade para a saúde humana, que provocaram alterações no ritmo cardíaco.
“A exposição frequente e prolongada a elevados níveis de concentração de poluentes durante o combate de incêndios florestais pode originar problemas de saúde agudos ou de longo prazo”, afirma ao Destak a investigadora Raquel Sebastião. “Verifica-se também a diminuição da função pulmonar, que se pode traduzir numa capacidade respiratória ligeiramente diminuída, na constrição do trato respiratório e em hipersensibilidade das pequenas vias aéreas”.
Os primeiros sintomas são erupções agudas e instantâneas nos olhos, irri
PASSE ÚNICO NO PORTO tações no nariz e na garganta e falta de ar, que “geralmente evoluem para dores de cabeça, tonturas e náuseas que podem ter uma duração de várias horas”. Embora sejam precisos mais estudos, “a localização do bombeiro em relação ao fogo e ao fumo pode ser relevante nos efeitos da inalação do gás”. Investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto testaram ontem uma ferramenta “inovadora” que visa “facilitar a tomada de decisão e o planeamento” das equipas de profissionais que combatem os incêndios.