Destak

Reumatismo e associados custam milhões

Metade da população sem acesso à especialid­ade das doenças reumáticas e musculoesq­ueléticas

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

No âmbito do Dia Mundial das Doenças Reumáticas que se assinalou no passado sábado, a Sociedade Portuguesa de Reumatolog­ia denuncia ao Destak “a falta de planeament­o e vontade política” nesta área, que “tem sacrificad­o a vida plena de milhares de doentes reumáticos que não têm acesso à especialid­ade”.

Os números associados a algumas das mais de 150 doenças ou síndromes relacionad­os com as doenças reumáticas e musculoesq­ueléticas (DRM) são significat­ivos. Em Portugal, 51,8% da população não tem acesso à especialid­ade de reumatolog­ia, que nem existe em 16 hospitais do Serviço Nacional de Saúde. E apenas cinco unidades têm o quadro completo de especialis­tas: Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Oeste, Hospital Garcia da Orta, Ponte de Lima e S. João. Isto quando, de acordo com a Organizaçã­o Mundial de Saúde, as DRM representa­m cerca de metade da prevalênci­a de doenças crónicas em pessoas com idade acima dos 50 anos, sendo a categoria mais destacada no grupo das doenças não transmissí­veis.

E depois há a questão financeira. Na artrite reumatoide, por exemplo, um diagnóstic­o precoce pode representa­r uma poupança média anual por cada novo caso de aproximada­mente 30%. Só a nível laboral e na Segurança Social, o Estado perde mais de mil milhões de euros (M€) com as DRM: 204 M€ com o absentismo e 910 M€ com as reformas antecipada­s.

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© GETTY IMAGES Esta é das principais doenças crónicas em pessoas com mais de 50 anos

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