Dias de trabalho mal aproveitados
Mais de metade da jornada de trabalho dos portugueses (54%) é perdida em “atividades desnecessárias” como reuniões, emails e “outras distrações”
Mais de metade da jornada de trabalho dos portugueses (54%) é perdida em “atividades desnecessárias” como reuniões, chamadas telefónicas, emails e “outras distrações”, segundo um estudo encomendado pela Microsoft e ontem divulgado. Desenvolvido pelo especialista em comportamento organizacional Michael Parke, em parceria com a London Business School, o estudo
foi realizado em agosto de 2019 -- através e de um inquérito online que foi respondido por cerca de 9.000 pessoas, de 15 países europeus e oriundas de dez indústrias diferentes -- e propõe-se “identificar soluções para as organizações desenvolverem todo o potencial das pessoas, num mundo em profunda mutação”.
Em Portugal, 95% dos inquiridos afirmou “que, nos últimos anos, as suas organizações atravessaram, pelo menos, uma grande mudança organizacional de caráter tecnológico, de liderança, de estrutura ou de natureza comercial”, uma circunstância que “coloca grandes desafios às pessoas e que obriga as organizações a desenvolverem uma cultura de inovação”.
Segundo o documento, “as organizações com culturas de inovação têm duas vezes mais probabilidade de conseguir crescimentos de dois dígitos e revelam uma grande preocupação com os processos de trabalho”. “Em particular, conjugam três características: não se limitam a derrubar barreiras, constroem pontes; capacitam as equipas e promovem uma cultura de criatividade e aprendizagem; e protegem a concentração e promovem a fluidez do trabalho”, refere. Para que tal seja possível,
conclui que “as organizações têm de oferecer aos colaboradores um ambiente de trabalho flexível (que favoreça tanto o trabalho de equipa como o trabalho individual), a tecnologia adequada (para as pessoas poderem trabalhar quando e onde entenderem) e rodear-se de gestores que convivam bem com diferentes formas de trabalho”.