“O fala de assuntos bem reais”
Era inevitável. Depois do sucesso global de essa maravilha animada com mensagem de ‘empowerment’ feminino, eis que chega o para tomar conta do Natal. Falámos com a Anna, ou melhor, com Kristen Bell
Kristen Bell é vivaz, crocante, luminosa e de fala fácil. Tem uma alegria contagiante. Não é de admirar tanta efervescência. Para além do sucesso global do filme de animação
em que ela empresta a voz à Anna da coragem indomável, a atriz norte-americana de 39 anos está neste momento a protagonizar a série televisiva – na companhia do grande Ted Danson – e continua a protagonizar a série de culto
a tal aventura de detetives em que o sarcasmo nunca vence perante a bondade pura. A Kristen vem do estado do Michigan, no Norte dos EUA, onde cai neve. Resumindo: veio do frio para aquecer os nossos corações. E mais não lhe pode ser exigido. Conversa com a encantadora atriz a propósito do novo
Gostei que a história fosse sobre duas irmãs, mais do que simplesmente outra fantasia inatingível sobre uma princesa fria e distante. Qual é a grande diferença entre a narrativa
e os outros filmes de animação da família Disney?
Desde logo, acho que é importante tentar perceber por que é que há um público tão grande para este tipo de história nos dias de hoje. Bom, logo à partida, penso que toda a trajetória parte de um ponto de grande honestidade e avança para assuntos que são mesmo relevantes para toda a gente. Sabe, eu cresci nos anos 80. Nesse altura havia uma tendência para engrandecer tudo. Qualquer coisa poderia ser transformada num grande evento. E tudo tinha potencial para ser romântico, mas de maneira espetacular. Naquela altura, por exemplo, teria adorado que o John Cusack me viesse bater à porta e, com uns altifalantes enormes postos no alcatrão da rua e mais uma banda sonora pungente, me viesse declarar amor – tal como ele fez naquele filme dele
de 1989]. Mas a estrutura do nunca seguiu por esse caminho. Sempre foi uma história real e cheia de bom senso.
Como assim? Afinal o não é uma saga sonhadora que nos põe a levitar em dimensões irreais com ares de fiorde da Noruega?
Por exemplo, os conselhos que demos no primeiro foram: não cases com quem acabaste de conhecer, que pode ser péssima ideia. Ou: dá valor à família. Ou: baseia o teu saber no conhecimento e na experiência. Embora o filme tivesse