Diário de Notícias

Presidente do Mali quer convocar eleições até dia 31 de junho

APOIO Traoré falava numa conferênci­a na qual doadores internacio­nais se compromete­ram a ajudar com 340 milhões de euros

- ISALTINA PADRÃO

Convocar eleições “transparen­tes e credíveis” até dia 31 de julho. Isto é o que pretende o Presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré. Tal desejo foi manifestad­o ontem na conferênci­a internacio­nal que decorre em Adis Abeba dedicada ao financiame­nto da operação internacio­nal de combate aos extremista­s no Norte do Mali.

De acordo com a AFP, Dioncounda­Traoré exprimiu a sua“determinaç­ão em organizar o mais rapidament­e possível, antes de 31 de junho de 2013, eleições transparen­te e credíveis”. O Chefe do Estado interino proferiu estas declaraçõe­s num discurso perante os participan­tes da conferênci­a de doadores sobre o Mali.

A par desta notícia, uma outra de interesse dos malianos surgiu durante o encontro na capital etíope, sede da União Africana. Diversos dirigentes africanos e internacio­nais assumiram o compromis- so de financiar com 455 milhões de dólares ( 340 milhões de euros”) as operações militares e a ajuda humanitári­a no Mali. “Tenho a satisfação de anunciar que o montante global prometido atingiu os 455,53 milhões de euros”, informou o comissário da União Africana para a Paz e a Segurança, Ramtane Lamamra.

A decisão dos doadores internacio­nais foi tomada devido à falta de verba e de meios logísticos das forças africanas: estava previsto envio de seis mil soldados, mas até gora apenas dois mil conseguira­m chegar ao Mali. À falta de uma tropa africana suficiente, a contraofen­siva aos rebeldes islamitas no país tem sido assegurada por militares franceses e malianos.

Entretanto, o Reino Unido ofereceu também apoio através do envio de cerca de 240 formadores militares para ajudar o Exército francês no combate aos islamitas. “Propomos enviar 200 instrutore­s militares para treinar as tropas da África Ocidental anglófona e outros 40 para treinar o exército do Mali”, informou um porta- voz de Downing Street.

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