Diário de Notícias

Diretor- geral da SAD do FC Porto é arguido na Operação Fénix

INQUÉRITO Antero Henrique é suspeito em processo de segurança ilegal. Os 15 detidos neste caso estão a ser interrogad­os em Lisboa

- R. C.

O diretor- geral da Sociedade Anónima Desportiva ( SAD) para o futebol do FC Porto e vice- presidente do clube, Antero Henrique, está constituíd­o arguido no processo que t em no centro a empresa SPDE, que fazia segurança nos jo- gos de futebol do clube. Quanto aos 16 detidos da Operação Fénix, chegaram a meio da tarde ontem ao Tribunal Central de Instrução Criminal em Lisboa, onde iam ser ouvidos pelo colega do juiz Carlos Alexandre, o juiz João Bártolo. Pelas 17.00 estavam no Departamen­to Central de Investigaç­ão e Ação Penal ( DCIAP) dois dos arguidos que tinham sido detidos em flagrante delito.

O processo tem no centro a firma SPDE e seguranças ilegais que gravitam à sua volta em alegados esquemas de extorsão e domínio do território na noite. Em causa, como frisou a Procurador­ia- Geral da República, estão “atividades ilícitas no âmbito de empresa de segurança em estabeleci­mentos de diversão noturna, suscetívei­s de i ntegrar a prática de crimes de associação criminosa, segurança privada ilegal, coação, extorsão e ofensas à integridad­e física”.

Três dos arguidos mais mediáticos, Antero Henrique, Eduardo Silva ou “Edu”, proprietár­io da SPDE, e o ex- agente da PSP Jorge Couto, expulso da polícia há uns anos, aguardavam ontem ao fim do dia para serem ouvidos. O mais provável era haver apenas tempo para o juiz identifica­r os 16 detidos e iniciar o interrogat­ório. A mesma fonte referiu que seria inevitável a audição prolongar- se para hoje. Os arguidos passariam a noite nas celas do comando da PSP em Moscavide.

Na operação, a PSP desenvolve­u 50 buscas domiciliár­ias e não domiciliár­ias em Lisboa, Porto, Amarante, Lamego, Braga, Vila Real e Lousada. Duas das buscas foram à casa do diretor- geral da SAD do FC Porto e ao seu escritório no clube. A polícia apreendeu ainda 121 mil euros.

O grupo de seguranças ligado ao “patrão” da noite da cidade nortenha é considerad­o “muito violento” pela polícia, e “operava numa consideráv­el faixa do território nacional”.

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