“O turismo de bem- estar não exige promoção específica”
Dos dados que tem o Turismo de Portugal, pensa que o turismo de saúde e bem- estar está a ser aproveitado na sua plenitude? Tem ainda potencial. Mas dentro do turismo de saúde e bem- estar estão vários tipos de serviços e até de motivações do ponto de vista dos mercados emissores e, portanto, é diferente. Uma coisa é a temática das termas, que tem um segmento muito específico de procura, onde o mercado nacional é mais preponderante e onde temos um grande esforço de qualificação; outra coisa é abordar o tema do bem- estar, que é uma motivação muito mais transversal e que, portanto, complementa a nossa oferta, é um plus no tipo de serviços que prestamos e na hospitalidade; e outra coisa é se estivermos a falar no segmento de turismo médico que, aí, de facto é um nicho e há ainda um caminho a percorrer do ponto de vista da notoriedade do país. Mas o que está a ser feito, concretamente, em termos de divulgação? Do ponto de vista da promoção externa, internacional, da responsabilidade do Turismo de Portugal, o turismo de saúde e bem- estar não representa uma motivação que exija uma divulgação ou promoção específica. Ela é, no fundo, trabalhada como complemento da nossa oferta e tem mais impacto quando trabalhada regionalmente. E é nesse sentido que há aqui uma complementaridade entre o trabalho do Turismo de Portugal e as regiões. E o Centro e o Norte são particularmente sensíveis a esse segmento. Mas pelos dados que tem, há maior procura desse segmento por turistas estrangeiros. Sim. Nomeadamente em relação às termas, que foi um segmento que registou algum declínio nos últimos anos e em que sentimos, aqui, alguns sinais de crescimento. O bem- estar é tão associado a motivações complementares que eu acho que ele beneficia do bom crescimento que o turismo está a ter.