Cães que atacaram em Quarteira capturados
Animais causaram o pânico e provocaram ferimentos num homem de 57 anos. Foram recolhidos e estão no canil municipal
Os dois cães ( mãe e filho) que, ao final da tarde de quarta- feira, causaram o pânico na praia de Quarteira, no Algarve, foram recolhidos pelas autoridades e estão atualmente no canil municipal de Loulé, confirmou ontem, em comunicado, o presidente da junta de freguesia local.
“Já solicitámos à GNR que sejam feitas averiguações no sentido de ser apurada a identificação de um eventual proprietário dos animais, para que lhe sejam imputadas as devidas responsabilidades”, adiantou o presidente Telmo Pinto, frisando que se trata de um “caso pontual” e que “não existe qualquer risco para os utentes daquele zona balnear”.
O autarca acrescentou que, “apesar de testemunhas referirem terem sido quatro as pessoas confrontadas com um animal, apenas uma sofreu ferimentos, tendo recebido assistência hospitalar”.
De acordo com o jornal Público, a vítima terá sido um homem de 57 anos, que foi atacado quando tentava socorrer uma criança que, acompanhada dos pais, brincava com um papagaio.
“Com a pá [ de plástico] procurei desviar- lhe as atenções e tentar que mordesse o plástico e não as pessoas”, descreveu àquela publicação Luís Paderneira, mordido pelo cão mais novo depois de escorregar e cair no areal. Sofreu ferimentos profundos na perna direita e escoriações na esquerda, e após uma médica espanhola que se encontrava na praia ter prestado os primeiros- socorros com o apoio de um enfermeiro, foi transportado pelo INEM para o Centro de Saúde de Loulé.
Antes, os dois cães – que teriam traços de raça pitbull e não possuíam chip – tinham já, segundo o Público, puxado as cuecas a uma rapariga que filmava os mergulhos do namorado e roubado a pá ao filho de Luís de Paderneira.
Os animais foram capturados por guardas da GNR, com a ajuda de populares e após uma corrida de mais de um quilómetro. A cadela não mordeu em ninguém.
O ataque de cães é considerado prática criminosa e é punível por lei. Por isso, a vítima já terá apresentado queixa da ocorrência e o caso segue para o Ministério Público para investigação sobre a propriedade dos cães.