Uma das provas de triatlo mais bonitas e perigosas
Subida final requer um elemento de apoio. Objetivo de Nuno España é a camisola preta de acesso ao topo da montanha
A Isklar Norseman Xtreme Triathlon é uma prova de triatlo que começou em 2003, com vinte e um atletas, organizada por um grupo de triatletas noruegueses que sentiam a modalidade a morrer naquele país.
Saltando de um ferry para as frias águas de Hardangerfjord, um dos maiores fiordes do mundo, os atletas começam por nadar cerca de quatro quilómetros. Porém, este ano a distância deverá ser encurtada para 1,9 km, devido à temperatura da água, e a partida será mudada para um lugar mais propício e com uns “quentes” 11 graus.
Depois seguem- se 180 km de bicicleta, sendo 40 deles a subir e chegando até 1200 metros de altitude. Para finalizar, uma maratona que termina na montanha Gaustatoppen, 1880 metros acima do nível do mar. A subida final faz- se ao lon- go de cerca de cinco quilómetros.
É uma das provas de Iron Man ( não fazendo oficialmente parte desta “marca”) mais duras, em que não é fornecido qualquer suporte, daí o facto de cada concorrente levar a sua própria equipa de apoio.
A subida final, devido ao perigo de algum atleta desmaiar, sentir- se mal ou perder- se pelos trilhos, é feita com acompanhamento por um dos membros da equipa, que levará roupa e comida ao corredor.
Na chegada à montanha existe uma divisão dos concorrentes, devido a questões de segurança, apenas os primeiros 160 dos cerca de 250 atletas são autorizados a continuar pelo trilho rochoso até ao topo da montanha. Esses recebem uma camisola de cor preta ( o objetivo de Nuno España), apenas entregue aos concorrentes que sobem a Gaustatoppen. A camisola branca é o prémio dos demais que, não subindo a montanha, vão de elevador para todos celebrarem em conjunto o topo do desafio.
A prova tem uma média de 40% de competidores de fora da Noruega e 15% do total são mulheres.