Diário de Notícias

Passos e Costa, um só debate para as três televisões

Só Catarina Martins aceita debater com Paulo Portas. E não se sabe se líder do PSD aceita frente- a- frente com PCP e BE

- MI GUEL MARUJO

Falta acertar a data, mas o único frente- a- frente televisivo entre Passos Coelho e António Costa será transmitid­o em simultâneo por RTP, SIC e TVI. Negociação dos pormenores continua.

“Está tudo em aberto.” Foi desta forma sintética que Marco António Costa, porta- voz do PSD, respondeu ontem ao DN sobre o estado das negociaçõe­s para a realização de debates televisivo­s na campanha eleitoral. De facto, não está tudo em aberto: já há acordo para três momentos de debate, faltando acertar os detalhes. Mas, já se sabe, o diabo pode estar nesses detalhes.

A proposta dos três canais foi apresentad­a na sexta- feira de manhã, mas neste momento estão à espera de respostas dos partidos para fechar o acordo nas datas. Para já, haverá um único frente- a- frente televisivo entre Pedro Passos Coelho e António Costa, transmitid­o em simultâneo nas três televisões generalist­as ( RTP, SIC e TVI), em horário nobre – das 20.30 às 21.30, que terá lugar em princípio a 14 ou 18 de setembro. Os três canais tinham avançado com a da - ta de 10, mas esse dia já estará ocupado com o primeiro debate entre Passos e Costa, também em simultâneo nas rádios ( TSF, Antena 1 e Rádio Renascença).

O PS tinha dado o seu acordo a uma primeira proposta das estações, que previa três debates, um em cada uma delas. O presidente do PSD e também primeiro- ministro recusou e os canais avançaram com esta nova proposta.

Com este modelo de debates, haverá um segundo momento, já em plena campanha eleitoral e de novo em simultâneo na RTP, SIC e TVI, à mesma hora do dia 22 de setembro ( data também ainda por fechar), em que se sentarão nos estúdios os quatro líderes dos partidos e coli - gações com assento parlamenta­r: Passos Coelho ( Portugal à Frente – PSD- CDS), António Costa ( PS), Jerónimo de Sousa ( CDU / PCP- Os Verdes) e Catarina Martins ( BE).

Por acertar estão os debates a dois do presidente do PSD com os líderes do PCP e BE, do secretário- geral do PS também com estes opositores e entre o secretário- geral comunista e a porta- voz bloquista. Mas também nestes frente- a- frente sobram dúvidas sobre as datas e sobre a vontade de Passos Coelho discutir com Jerónimo de Sousa e Catarina Martins. Aliás, na coligação invoca- se a necessidad­e de primeiro avaliar a agenda de Passos enquanto primeiro- ministro.

Foi neste quadro que as televisões colocaram em cima da mesa a proposta de também Paulo Portas ser chamado ao debate. O líder centrista fica de fora do debate com os partidos parlamenta­res por ser o número dois da coligação PSD- CDS e não ser cabeça de lista.

No caso destes frente- a- frente, as estações de TV invocaram um critério editorial para convidar Portas. O PS recusou ( dizendo que enviará o presidente do partido, Carlos César, se as televisões insistirem no convite), mas o PCP também não mostrou abertura para o fazer. Só Catarina Martins disse que sim à pretensão de Portas. E o PEV queixou- se de discrimina­ção, por ficar de fora.

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