Diário de Notícias

FC Porto vai melhorando mas ainda bate na barra...

Dragões somaram segundo jogo sem marcar golos e o triunfo sobre o Valência só surgiu no desempate por penáltis, em que Casillas defendeu o remate de João Cancelo

- MANUEL QUEI ROZ

COLÓNIA CUP. O FC Porto venceu ontem o primeiro jogo da Colónia Cup, na Alemanha, derrotando o Valência do treinador português Nuno Espírito Santo no desempate por grandes penalidade­s ( 5- 4) depois de 0- 0 nos 90 minutos. Num jogo competitiv­o, com muitas faltas e cartões amarelos, a equipa de Lopetegui foi melhor, impôs o seu jogo a um possível adversário na Liga dos Campeões, mas não encontrou o caminho do golo – Abou bakar e Sérgio Oliveira acertaram na barra, mas as redes não balançaram. Nos penáltis, Casillas defendeu o castigo máximo de João Cancelo.

A Liga espanhola começa uma semana apenas depois da portuguesa, mas na primeira parte pareceu que esse início seria mais longínquo porque o FC Porto foi muito melhor: dominou, esteve quase sempre no meio- campo do adversário e assim longe da baliza de Casillas, com Brahimi em grande momento e finalmente a fazer bem o corredor esquerdo, jogando mais dentro muitas vezes para que Alex Sandro pudesse descer.

Foram os melhores 45 minutos da equipa de Julen Lopetegui em toda a pré- época, ou seja a equipa está a fazer o seu caminho sempre com bola, ontem com a profundida­de que lhe faltou nos jogos anteriores. Uma bola na barra logo no primeiro minuto, atirada por Aboubakar, logo depois um tiro de Danilo de fora da área a sair perto da barra, foram o mote. Ritmo alto, pressão no meio- campo do Valência que raramente saia do seu meio- campo sobretudo na meia hora inicial. A segunda parte não foi tão boa, até porque teve muitas substituiç­ões – no FC Porto começaram até bem cedo, porque Evandro saiu aos 21’ com queixas, entrou Herrera que sairia ao intervalo...

Para o Valência de Nuno Espírito Santo, que tem o play- off da Champions ainda neste mês, o trabalho a fazer ainda é muito – foi sempre uma equipa dominada, na posse de bola ficou a 40%, pouco jogo, quase não teve oportunida­des. Tudo junto, foi uma equipa sem chama, salvando- a os postes duas vezes. Uma equipa sem alegria, que nem em contra- ataque conseguiu ter peso no jogo.

O 4- 3- 3 do FC Porto foi impondo o seu jogo habitual e já muito

Casillas defendeu penálti que valeu triunfo do FC Porto reconhecív­el de posse de bola, de passe, para depois Brahimi e também Aboubakar mostrar a fantasia da primeira parte da época passada, aparecendo por vezes pelo meio, outras pela esquerda, dinamizand­o o ataque. Com Maxi e Alex Sandro e mais Danilo Pe- reira, há ali motores para acelerar o jogo pelas bandas ou pelo centro. Cometendo menos erros que nos jogos anteriores, mesmo assim na defesa dando duas vezes a bola ao adversário, o jogo de Lopetegui coloca os defesas em situações- limite muitas vezes, com a bola perto da área própria e sem alternativ­as de passe. Às vezes é preciso jogar feio e seguro.

A segunda parte valeu sobretudo pela forma como mesmo com muitas substituiç­ões o FC Porto foi capaz de manter a bola e conceder muito pouco ao adversário. E pelo tiro de Sérgio Oliveira à barra. Merecia melhor. O médio, refira- se, foi o único portista a falhar o seu penálti porque escorregou no momento de o marcar... É a vida.

Os dragões defrontam hoje o Stoke City, de Inglaterra, enquanto o Valência mede forças com o Colónia. Só então será encontrado o vencedor da Colónia Cup.

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