Diário de Notícias

Dragão já corre e vai seguro, domina e marca golos

Vitória sem contestaçã­o sobre o Stoke City, da Premiere League, num jogo que deixou boas indicações para a nova época

- MANUEL QUEI ROZ

O FC Porto vai melhorando de rendimento e ontem voltou a mostrar um bom jogo frente ao Stoke City mas marcando golos, vencendo por 3- 0. Não deu para ganhar a Colónia Cup ( ficou em casa, pois o Colónia ganhou 3- 2 ao Valência e somou onze pontos, seis das vitórias e cinco pelos cinco golos alcançados, enquanto os dragões ficaram com nove), mas deu para ver uma equipa com enorme potencial.

Nestes dois jogos do fim de semana, Lopetegui optou por dar uma hora de jogo a quase todos – Imbula saiu com queixas físicas aos 40’ e foi uma das exceções – e em qualquer das fórmulas a equipa dominou e controlou. Ontem não deixou o Stoke City ter uma única oportunida­de de golo. Na véspera também o Valência ficara perto desse zero! O que quer dizer que o sistema de jogo começa a estar bastante fiável porque os avançados que estavam do outro lado não eram propriamen­te de quinta categoria ( Arnautovic, Crouch, Bojan Krkic). Conseguiu- o com posse de bola, mais uma capacidade de pressão ao adversário muito boa, anulando- o completame­nte nas saídas. É difícil dizer isto na pré- época, mas já pró- ximo da perfeição mesmo com uma dupla inicial formada por Lichnovsky e Martins Indi. A equipa de Lopetegui esteve sempre mais perto do quarto golo, de resto. Um golo bem anulado ao Stoke aconteceu num livre já na parte final, porque os ingleses nunca conseguira­m ter a bola, sobretudo depois de Arnautovic ter saído.

Imbula assume- se como um dos grandes nomes, porque joga pelo meio e passa pelo meio com grande dificuldad­e, apesar de haver sempre ali muita gente. Mas é uma enguia rápida e distribui bem. Custou 20 milhões? Vai valer 40, se tudo correr normalment­e. Entendeu- se bem com Rúben Neves e com Bueno, “um avançado disfarçado de médio”, como disse Lopetegui no final e que deu um salto no seu jogo nestes últimos dias. Tello na direita foi influente – foi dele o passe para Aboubakar desviar a bola para o primeiro golo, é ele também que está no início do segundo.

A questão do ponta- de- lança no FC Porto tem de ser bem pensada. Aboubakar precisa de confiança ( ontem esteve bem) e merece porque tem um grande talento e um grande compromiss­o com a equipa. Meter o ítalo- argentino Pablo Osvaldo no balneário – em qualquer balneário, dir- se- ia – é meter- se em

Bueno festeja o segundo golo do FC Porto aos ingleses trabalhos. Chamem todos os psicólogos da cidade se ele vier, porque é um caso de estudo.

O FC porto chegou ao intervalo a ganhar por 2- 0, Varela perdeu o terceiro aos 47’, Brahimi de penálti fez o 3- 0 depois de uma mão de Mark Wilson, Sérgio Oliveira teve um grande tiro num livre. Ou seja, um jogo bem conseguido pelos portistas, que parecem fazer mais faltas do que na época passada, o que talvez esteja ligado ao facto de terem mais jogadores experiente­s, que percebem os momentos em que a falta é uma arma a que é preciso deitar mão. Tudo isto para dizer que estamos provavelme­nte perante uma equipa mais forte do que na época passada, mais segura e mais capaz.

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